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VIDA URBANA

Reformas prejudicam aulas nas escolas

Apesar das aulas terem começado na última segunda-feira, 10% das escolas da 1ª Regional do Estado iniciarão as aulas apenas no dia 19 deste mês.

Publicado em 14/02/2015 às 6:00 | Atualizado em 22/02/2024 às 15:56

Durante a assembleia realizada em João Pessoa, os professores também reclamaram de reformas não finalizadas, que ainda estão sendo feitas em escolas. Apesar das aulas terem começado na última segunda-feira, 10% das escolas da 1ª Regional do Estado iniciarão as aulas apenas no dia 19 deste mês. A 1ª Regional tem 198 escolas, compreendendo o município de João Pessoa e cidades vizinhas. Os dados foram divulgados durante a reunião.

Conforme o diretor administrativo do Sintep, Antônio Arruda, as obras impedem o bom funcionamento das escolas. “Em pleno início de ano letivo ainda não terminaram as reformas. E ainda falta matricular os alunos, porque os pais deles não estão confiando no governo na questão das obrigações educacionais”, examinou.

Segundo o coordenador do Sintep, Carlos Belarmino, as reformas são o principal problema de infraestrutura das escolas da rede estadual. “Temos a Escola Professora Liliosa Paiva Leite, no Cristo Redentor, a Escola José do Patrocínio, no bairro Funcionários, o próprio Liceu Paraibano, no Centro. Em Cabedelo, temos o Grupo Escolar Pedro Américo", especificou.

O professor Manoel Belizário, que trabalha na Escola Tiradentes, localizada no bairro do Rangel, denunciou a falta de estrutura no local. “A comunidade precisa que a escola fique aberta e o governo está com uma política de reordenamento que é fechar escola. Nós não temos quadra esportiva, a direção não tem forro nem um piso reformado. As famílias não matriculam os filhos com a escola nessas condições, e a cada ano caem as matrículas”, revelou.

O JORNAL DA PARAÍBA tentou contato com a Secretaria de Estado da Educação, mas até o fechamento desta edição não obteve resposta para o problema. (Luis Thales)

FALTA DE INFRAESTRUTURA
Em Campina Grande, alguns professores encontraram dificuldades em várias escolas da rede estadual no início do ano letivo. Em algumas escolas, a falta de estrutura é visível na fachada dos prédios, onde faltam pintura, instalações elétricas e até mesmo carteiras para os estudantes assistirem aulas. Na Escola Poetisa Vicentina Vital do Rêgo, por exemplo, por causa das reformas, as aulas só começam após o Carnaval.

Um professor que preferiu não se identificar relatou problemas na Escola Estadual Monsenhor Sales, no distrito de Galante, que dificultam o ensino. “Falta pintura em muitas salas, há janelas e portas quebradas, bebedouros sem funcionar, eu não tenho confiança de levar um equipamento mais sofisticado para usar com os alunos em sala de aula, pois a segurança é precária, não teria onde guardar depois”, disse o professor do ensino fundamental.

Ele afirmou que pessoalmente já se dirigiu à Gerência da 3ª Região de Ensino, em Campina Grande, mas não foi atendido. “Eu procurei a gerente pessoalmente para relatar os problemas da escola, sou novo no emprego e gostaria de me sentir estimulado a trabalhar, algo que não acontece. Em Galante, nós estamos praticamente abandonados, e em outras escolas estaduais a situação é alarmante, não há como prestar serviço desta maneira”, reclamou.

O vice-presidente da Associação dos Professores de Licenciatura Plena do Estado da Paraíba (APLP), Odenilson Medeiros, afirmou ter visitado a Escola Estadual Anésio Leão, no bairro da Palmeira, e lamenta o que viu.

“A situação é de calamidade. Falta muita coisa a ser feita em uma reforma interminável, iniciada há dois anos”, relatou. Também procurada pela reportagem, a gerente da 3ª Região de Ensino não foi encontrada no prédio da gerência, e funcionários do local afirmaram que ela está viajando. Ela também não atendeu às ligações telefônicas.

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Jornal da Paraíba

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