COTIDIANO
Operário morto a tiros
Nos dois casos, as vítimas não tiveram chance de defesa e a polícia ainda não tem suspeita dos autores dos disparos.
Publicado em 21/08/2012 às 8:00
Duas pessoas foram assassinadas a tiros em menos de seis horas, em João Pessoa. Os crimes aconteceram nos bairros dos Bancários e Padre Zé. Nos dois casos, as vítimas não tiveram chance de defesa e a polícia ainda não tem suspeita dos autores dos disparos.
Por volta das 6h30 de ontem, o operário da construção civil Miguel Fernandes, de 26 anos, estava chegando ao seu local de trabalho, em um prédio no bairro dos Bancários, quando foi assassinado com dois disparos de arma de fogo. O assassinato gerou comoção e revolta entre amigos e familiares da vítima que acreditam que o rapaz foi confundido com outra pessoa.
De acordo com testemunhas do crime, o rapaz estava em uma motocicleta com seu irmão, que também trabalha na obra, quando ao descer do veículo foi assassinado por dois homens que também estavam em uma motocicleta. “Ele ainda disse que os ‘caras’ o haviam baleado e que iria morrer, instantes depois faleceu”, explicou um homem que preferiu não se identificar.
Miguel Fernandes faleceu na porta da construção e ao lado do seu corpo ficaram a mochila e a marmita preparada para o almoço. A vítima era casada e pai de uma criança de apenas dois anos e trabalhava na obra há quatro meses. Os disparos atingiram o pescoço e as costas de Miguel Fernandes, um outro tiro atingiu um veículo que estava estacionado.
“Ele era uma pessoa de bem e muito trabalhador, não encontramos nenhuma explicação para esse absurdo. Conheço ele desde criança, ele sempre foi uma pessoa tranquila e calada, nunca se envolveu em brigas. A gente acha que ele foi confundido com outra pessoa, essa é a única hipótese que pode explicar a morte dele”, afirmou um amigo, que preferiu não se identificar.
Conforme a delegada Maria das Dores Coutinho, plantonista da Delegacia de Homicídios, o rapaz não era usuário de drogas e nunca havia sido detido pela polícia e, por enquanto, nenhuma linha de investigação foi descartada. As imagens do circuito de segurança de alguns prédios da região deverão ser solicitadas e possivelmente irão revelar a identidade dos autores do homicídio e a placa da motocicleta utilizada para o crime.
O segundo crime aconteceu por volta do meio dia, próximo à ‘Rua do Cano’, no Padre Zé. De acordo com a polícia, Glênio de Sousa Santos, de 19 anos, passava pela rua quando foi atingido por quatro disparos de revólver de calibre 38. Dois dos tiros atingiram a nuca da vítima. A polícia informou que o homem morava no bairro e investiga se ele tinha envolvimento com drogas.
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