ECONOMIA
Abic faz homenagem à São Braz
O presidente do Grupo São Braz, o industrial José Carlos da Silva Júnior, foi homenageado por dois mandatos na presidência da Abic.
Publicado em 22/10/2013 às 6:00 | Atualizado em 18/04/2023 às 17:19
Maior produtor mundial e o segundo maior mercado consumidor de café. Para chegar a essas marcas, uma organização nacional foi criada e industriais do setor cafeeiro participaram ativamente do crescimento.
O evento que marcou os 40 anos da Associação Brasileira da Indústria de Café (Abic) no Centro de Convenções do Sofitel Jequitimar, em Guarujá, São Paulo, prestou homenagem aos ex-presidentes da Abic e os industriais do produto que aprimoraram o setor cafeeiro no 21º Encafé – Encontro Nacional das Indústrias de Café.
O presidente do Grupo São Braz, o industrial José Carlos da Silva Júnior, foi homenageado por sua trajetória e por sua passagem, por dois mandatos, na presidência da Abic, entre os anos de 1996 e 2002. No evento, foi representado pelo diretor superintendente do Grupo São Braz e diretor da Abic para o mercado do Nordeste, Leonel Freire.
Mesmo com a forte concorrência de empresas multinacionais no setor, dados divulgados pela Abic mostram que a São Braz ganhou duas posições no ranking nacional em 2011, ano em que completou 60 anos de fundação. Na relação das 100 maiores indústrias de café, a São Braz saiu da 8ª, em 2010, para 6ª maior empresa do país, em 2011. Atualmente, a indústria São Braz mantém a 6ª posição de maior torrefadora de café do país, no ranking divulgado anualmente pela Abic.
HISTÓRIA DA ABIC
A Associação Brasileira da Indústria de Café (Abic) foi fundada em 12 de março de 1973 e representa as indústrias de torrefação e moagem de café de todo o país.
Criada por decisão de representantes dos Sindicatos das Indústrias de Café de diversos estados que viram na criação de uma entidade nacional a melhor forma de negociar com o governo o estabelecimento de políticas de real interesse do setor, a Abic nasceu com a incumbência de iniciar um trabalho que interrompesse a queda vertiginosa do consumo de café ocorrida entre as décadas de 70 e 80.
O setor, que em 1965 industrializava 8,15 milhões de sacas/ano, chegou a processar apenas 6,5 milhões de sacas em 1985.
Nesse mesmo período, o consumo per capita caiu de 4,72 kg/ano para 2,27 kg/ano. Uma situação gerada por vários motivos, entre eles: interferência governamental, congelamento de preços e proliferação de empresas que adulteravam seus produtos, desvirtuando totalmente o mercado.
Em março de 1991, 180 dias após a sua promulgação, entrava em vigência o Código de Proteção e Defesa do Consumidor. Foi o primeiro estatuto do país a se preocupar em garantir a satisfação dos consumidores. Dois anos antes, interessada em elevar a qualidade do café consumido pelo povo brasileiro, a Abic lançava o Programa de Autofiscalização da Indústria de Café, um projeto inédito e ousado, considerado um dos maiores sucessos dos últimos anos no setor de alimentos e bebidas, mais conhecido como Selo de Pureza Abic.
A iniciativa obteve resultados significativos. Até 1986, o Brasil consumia 6,7 milhões de sacas de 60 kg de café. Em 2004, o consumo subiu para 14,9 milhões de sacas. Atualmente o brasileiro consome mais do que duas vezes a bebida desde a implantação, em 1989, do Selo de Pureza Abic.
MODELO
O sucesso da atitude pioneira da Abic chamou a atenção da Organização Internacional do Café (OIC), que vem utilizando o caso brasileiro como modelo para outros 60 países consumidores do produto. De acordo com o organismo, em nenhum outro país do mundo se verificou um aumento tão expressivo no consumo do café quanto no Brasil.
Atualmente, a Abic possui, aproximadamente, 500 empresas de torrefação e moagem de café de todo o território nacional.
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