VIDA URBANA
Diretora da Vigilância diz que corrida em busca de vacina é desnecessária
Coordenadora do setor Epidemiológico da Vigilância Sanitária do Município alerta para o riscos que a vacinação em massa traz à população.
Publicado em 22/05/2009 às 13:05
Maurício Melo
A diretora de vigilância à Saúde, a enfermeira Júlia Vaz, disse em entrevista ao Paraíba Agora, da 101FM, que a corrida pela vacina contra meningite é desnecessária e pode até ser perigosa. "Não foi sequer confirmado se tratar de meningite o que atingiu os meninos. E mesmo que se confirme, a meningite tem muitossub-tipos e a vacina precisa ser específica. Do contrário, não funciona".
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Júlia Vaz chamou a atenção para o fato de que a vacinação indiscriminada não ajuda e ainda cria outros riscos. Ela explicou que toda vacinação em massa gera riscos porque o vírus ou bactéria acaba sendo lançado no ambiente e que neste caso, como não há nada confirmado, a bactéria da vacina está sendo liberada desnecessariamente.
Com as vacinas sendo vendidas indiscriminadamente, além de não ser possível avaliar como cada paciente reage a ela, ainda se pode criar um surto real da doença a partir das pessoas que foram vacinadas e podem passar a liberar as bactérias no ambiente por onde passem.
Mesmo assim, pelo menos três clínicas particulares informaram que por conta da grande procura já estão sem a vacina e, inclusive, se formaram listas de espera para vacinação que custa entre R$130 e R$150. As doses, específicas para meningite, só podem ser encontradas na rede particular, pois na rede pública a prevenção da doença faz parte da Tetravalente, vacina que consta no calendário básico de vacinação para crianças com menos de um ano de idade.
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