Veja dicas de quem se deu bem pedindo reajuste na remuneração

Karoline Zilah
Infográfico: Fernanda Paiva

Ressaltar os benefícios que o seu trabalho adicionou à empresa é uma das melhores formas de pedir aumento de salário ou até uma mudança de função. É nisto que acredita a contadora Simone Oliveira (foto ao lado), de 24 anos, que teve uma conversa franca com o chefe um mês depois de se formar na Universidade Estadual da Paraíba (UEPB).

Simone trabalhava há três anos como auxiliar administrativo e tinha reajustes salariais anuais, conforme os aumentos do salário mínimo, ganhando cerca de R$ 800.

Um mês depois da formatura, ela resolveu fazer uma proposta: falou sobre a sua parte no crescimento da empresa e pediu o dobro do salário, agora como profissional diplomada.

Segundo ela, o valor de R$ 1,6 mil já foi pensado com uma margem caso o chefe quisesse negociar, e o salário ficou em R$ 1,4 mil, o que ela considerou adequado.

“Porém, o que eu mais saí ganhando foi no quesito profissional. Fechamos um acordo e agora posso desenvolver mais trabalhos na área de contabilidade, e não somente como auxiliar administrativo”, diz.

Segundo a contadora, o pedido não veio de surpresa. “Eu já vinha conversando com meu chefe há algum tempo e deixando bem claro os meus planos profissionais para quando eu me formasse”, revelou. Para Simone, a 'coragem' para pedir aumento não surgiu de repente. Ela acredita que foi ganhando abertura com o tempo de convivência que teve com o chefe e os colegas de trabalho.

E para quem tem medo da hora H, ela dá uma dica: “antes de mais nada, você deve procurar fazer o melhor empresa. Depois que você conseguir alcançar o resultado pretendido, saiba valorizar o que fez. Se seu chefe não reconhecer isso, com certeza você vai encontrar outra empresa que lhe valorize”.