Hulk x Ricardo Oliveira: quem joga?

Hulk foi titular contra o Chile. Ricardo Oliveira atuou diante da Venezuela. Enquanto o jogador do Zenit teve atuação apagada na derrota por 2 a 0, em Santiago, o atacante do Santos marcou um dos gols do triunfo por 3 a 1 em Fortaleza. Agora, para o clássico contra a Argentina, Dunga vai escolher entre o artilheiro de São Petersburgo e o goleador da Vila Belmiro ou até mesmo atuar sem um centroavante fixo na partida diante dos Hermanos. Quem vai levar a melhor na briga?

Analisando friamente os números dos jogadores, Ricardo Oliveira foi melhor. Na partida diante da Venezuela, o atacante do Peixe jogou até os 34 minutos do segundo tempo, fez um gol e foi participativo. Teve percentual de aproveitamento nos passes de 78%. Hulk entrou justamente na vaga do companheiro de posição e, somado os acréscimos, atuou pouco mais de dez minutos. Pegou na bola em duas oportunidades, mas nada marcante.

"Espero ajudar com o meu trabalho dentro de campo. É sempre importante ajudar com desempenho dentro de campo. A experiência sempre vai existir, a conversa sempre vai ter. Mas quem é convocado está acostumado com esses grandes jogos. É uma partida diferenciada e motivadora", explicou Ricardo Oliveira, que tem 8 jogos e dois gols pela Seleção.

Na derrota para o Chile, os papéis se inverteram. Hulk começou entre os titulares. Não marcou e teve alguns bons números durante a partida. O atacante do Zenit finalizou três vezes contra apenas uma de Ricardo Oliveira. O jogador teve percentual de aproveitamento de 88% durante os 77 minutos em que esteve em campo. O artilheiro do Santos substituiu o colega de posição e atuou pouco mais de 13 minutos. Suficiente para ganhar a posição no jogo seguinte.

"Dor de cabeça boa para o professor Dunga. Quem jogar vai dar o seu melhor. É bom quando todos os jogadores estão vivendo um bom momento individual, isso é bom para a Seleção", analisou Hulk, que tem 50 jogos e 12 gols com a amarelinha - todos em amistosos.

Por outro lado, Dunga pode optar por promover o retorno de Neymar e não escalar um centroavante de origem. Com isso, o Brasil atuaria em cima de movimentações dos homens de frente, com o camisa 10 atuando mais liberado no setor ofensivo.

Tata enche a bola do ex-pupilo Neymar

Em entrevista coletiva na tarde de ontem, o técnico da seleção argentina Tata Martino falou sobre o clássico desta quinta-feira, Brasil e Argentina. O treinador destacou o momento delicado das equipes, a falta de Messi em sua equipe e a boa fase do principal nome verde-amarelo: Neymar.

O momento atual do craque brasileiro é destaque no mundo todo. “Neymar está em um nível superior. Sua volta à Seleção se dá em um grande momento”, afirmou Martino, primeiro técnico do brasileiro no Barcelona. Tata terá, em compensação, de lamentar o desfalque do principal astro argentino. “A ausência de Messi sempre é importante”.

Outra possível baixa é a de Pastore. O treinador não entrou em detalhes. “Pastore está fazendo esforço para poder estar (em campo). Dia a dia o seguimos”, completou.

Quanto às expectativas frente ao grande clássico, Martino pontuou a experiência e a qualidade dos jogadores. “Enfrentam-se duas seleções que não começaram bem, mas contra o Brasil é um clássico. Ambas seleções têm grandes jogadores”.

A principal missão do treinador é melhorar o rendimento e conseguir vitórias nestas Eliminatórias. Nos dois primeiros jogos, uma derrota e um empate, frente ao Equador e ao Paraguai, e uma desanimadora sétima colocação.