VIDA URBANA
Servidores da UFPB suspendem atividades
Representantes do sindicato realizaram panfletagens e reuniões em todos os campi da instituição, divulgando as reivindicações.
Publicado em 18/03/2014 às 6:00
Os servidores técnico-administrativos da Universidade Federal da Paraíba (UFPB) aderiram à paralisação nacional e suspenderam suas atividades por tempo indeterminado desde ontem. Até agora, quatro campi já aderiram à greve, que foi acordada pela categoria durante assembleia promovida pelo Sindicato dos Trabalhadores em Ensino Superior do Estado da Paraíba (Sintesp-PB), no início de fevereiro.
No primeiro dia do movimento, representantes do sindicato realizaram panfletagens e reuniões em todos os campi da instituição e divulgaram as reivindicações locais, cuja principal cobrança é a melhoria na infraestrutura de trabalho. As aulas não foram afetadas pela paralisação e continuam ocorrendo normalmente.
No Campus I da UFPB, em João Pessoa, em que 4 mil servidores estão parados, aconteceram atos públicos na entrada da universidade e no Hospital Universitário Lauro Wanderley (HULW). De acordo com o presidente do sindicato, Severino Ramos, os servidores do hospital vão aderir à greve, por tempo indeterminado, a partir da próxima segunda-feira.
“Essa greve dos servidores do HU foi uma das discussões de hoje (ontem). Elegeu-se uma comissão e decidiram pela greve a partir de segunda-feira. Nós queremos melhorias nas condições de trabalho no HU, Restaurante Universitário e Biblioteca Central, onde trabalhamos precariamente. Além disso, nós queremos que a reitoria da universidade revogue a adesão à Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh)”, explicou Severino Ramos.
Com somente 30% dos técnico-administrativos em serviço, os estudantes da UFPB que precisaram utilizar os serviços nos laboratórios de informática e bibliotecas, por exemplo, voltaram para a sala de aula ou para casa. Rúbia Farias, que cursa Enfermagem, compareceu na manhã de ontem à Biblioteca Central do Campus I para devolver livros e aproveitar o horário vago para estudar. A estudante se deparou com as portas do setor trancadas e teme ser prejudicada com as futuras atividades.
“Vim devolver o livro e sei que vou precisar de outros. Não sei como vai ser para fazer os trabalhos, já que nem tudo a gente encontra na internet. Também uso o laboratório de informática do Centro de Saúde para pesquisar, mas também estava fechado”, lamentou a estudante.
Ainda no Campus da capital, o Restaurante Universitário abriu somente para os alunos residentes e os que recebem auxílio. As pessoas cujos cadastros estejam fora deste perfil ficarão sem o direito às refeições até o fim da greve.
INFORMÁTICA
Um acordo entre a direção do Centro de Informática (CI) e a Reitoria da UFPB pode evitar a suspensão das aulas no CI por falta de salas de aula e laboratórios, a partir de 14 de abril, quando começa o semestre 2014.1.
Em reunião, na última sexta, com o diretor do CI, Guido Lemos, coordenadores de cursos, chefes de departamentos e estudantes do Centro, a reitora Margareth Diniz assumiu o compromisso de liberar recursos que possibilitem a execução das obras complementares do prédio do CI, na unidade de Mangabeira.
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