VIDA URBANA
Cagepa automatiza sistema de abastecimento de água de CG
Com isso, haverá uma redução da interferência humana em atividades que passarão a ser programadas, com margem de erro inferior, diminuindo as ocorrências de falta d’água.
Publicado em 21/08/2009 às 17:33
Da Secom-PB
A Companhia de Água e Esgotos da Paraíba (Cagepa), cumprindo determinação expressa do governador José Maranhão, deu início esta semana ao processo de automação do Sistema de Abastecimento de Água de Campina Grande e região. Com isso, haverá uma redução da interferência humana em atividades que passarão a ser programadas, com margem de erro inferior, diminuindo as ocorrências de falta d’água e gerando economia para a empresa. O diretor de Expansão da Cagepa, Alberto Gomes Batista, prevê que dentro de 8 meses (março/2010) o sistema já entre em fase de pré-operação.
O engenheiro que está coordenando o trabalho, Luciano Nóbrega, afirmou que o projeto de automação do Sistema de Abastecimento de Água consiste em realizar todas as atividades dessa operação de forma remota, a partir do Centro de Controle Operacional (CCO). Segundo ele, “as tecnologias utilizadas envolvem o envio de informações através de ondas de rádio e GPRS, controlando e registrando tudo da maneira mais precisa possível”. Luciano lembra que a Cagepa já implantou com sucesso o mesmo projeto no Sistema Adutor Coremas-Sabugi.
Vantagens
Ele também relata as vantagens da automação do abastecimento de água. “A automação possibilita grandes incrementos na produtividade do trabalho, possibilitando um melhor atendimento à população. Além de aumentar a produção, os equipamentos automatizados, possibilitam uma melhora na qualidade do produto, uniformizando a produção e eliminando perdas”, avalia o engenheiro.
Outra vantagem da automação, para o coordenador, pode ser traduzida em redução de custos com pessoal, tendo em vista a não necessidade de técnicos para operá-lo diretamente. “Com isso, os funcionários podem ser remanejados para outros locais de trabalho que demandavam mão-de-obra, de maneira que a Companhia aproveite ao máximo a força de trabalho disponível”, pondera.
A automação também permitirá a criação de um banco de dados com informações de alta precisão, como controle de nível dos reservatórios, vazão da entrada e saída dos mesmos, tempo de utilização dos conjuntos motor-bomba, situação do conjunto elétrico, segurança do local (quanto a possíveis invasores na área dos reservatórios) dentre outros, com acompanhamento permanente. Com isso, o corpo técnico da Cagepa vai elaborar programas voltados para a redução de perdas. “O meio ambiente, inclusive, tem muito a ganhar com esse projeto”, observa.
Investimentos
O projeto da automação está sendo contemplado com recursos do BNDES, além da contrapartida do Governo Estadual e recursos próprios da Cagepa que, somados, chegam a R$ 15 milhões. Desses, R$ 5 milhões serão investidos no Sistema de Campina Grande e região, e 10 milhões na automação do Sistema da Grande João Pessoa, este último ainda sem data para implantação.
A Diretoria de Expansão da Cagepa informa que o Sistema de Abastecimento de Água de Campina Grande conta hoje com 30 unidades operacionais, entre reservatórios e estações de bombeamento, sendo as mais importantes as de Boqueirão e Gravatá. Sobre isso, Luciano Nóbrega declara que “todos os comandos são executados manualmente, e essas operações são lentas, podendo ocorrer erros de manobras de válvulas, registros e, consequentemente, o reflexo no Sistema e a má distribuição de água para a população”.
O processo
Com a automação, as análises serão apontadas por um software (programa de computador) especialmente desenvolvido para o Sistema de Abastecimento de Água em Campina Grande, levando em conta todas as particularidades do relevo da região. As informações serão processadas de maneira precisa, imediata e de difícil obtenção em um sistema convencional, o que possibilita uma rápida tomada de decisão em momentos críticos.
Ele ainda destaca que é possível tanto a operação automática e programada do sistema como o manuseio do mesmo por parte de um operador, em casos de falha ou sobrecarga. “O software comanda tudo, desde o momento ideal para acionamento das bombas até o fechamento ou abertura de válvulas para redirecionamento de água para uma determinada região, tudo de acordo com a demanda das áreas que os reservatórios abastecem”, conclui.
O presidente da Cagepa, Alfredo Nogueira, afirmou que as inovações tecnológicas implantadas no Sistema de Abastecimento de Água de Campina Grande são essenciais para os moradores da cidade e municípios vizinhos, como Lagoa Seca, Lagoa de Roça, Fagundes. Ele considera que “o fornecimento de água para essas localidades será otimizado, tornando bem mais rara a ocorrência de falta de água por insuficiência dos equipamentos ou falha humana”.
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