Vacinação termina sexta-feira e PB imuniza 252 mil crianças

A Campanha Nacional de Vacinação Contra a Poliomielite será encerrada sexta-feira. Na Paraíba já foram vacinadas cerca de 252 mil crianças, das quase 295 mil esperadas, segundo balanço parcial divulgado ontem pelo Ministério da Saúde. Todos os menores de até 4 anos, 11 meses e 29 dias devem tomar as duas gotinhas, mesmo que já tenham sido vacinados.

Neste ano, a campanha acontece em etapa única, no primeiro semestre com a vacina oral, as chamadas gotinhas. Em agosto, será realizada, em todo o país, a campanha para atualização dos esquemas vacinais do calendário básico de vacinação da criança.

Assim, a partir de agosto deste ano, as crianças que estão começando o esquema vacinal, ou seja, nunca foram imunizadas contra a paralisia infantil, irão tomar a primeira dose aos dois meses e a segunda aos quatro meses, com a vacina poliomielite inativada, de forma injetável. Já a terceira dose (aos seis meses), a dose de reforço (aos 15 meses) e as demais doses de campanha continuam com a vacina oral, ou seja, as duas gotinhas.

Em todo o país já foram realizadas cerca de 12,3 milhões de vacinações, número que representa 86,9% do total de crianças de zero a cinco anos. A meta deste ano é 95% do total de 14,1 milhões de crianças nesta faixa etária, o que corresponde a 13,5 milhões.

A coordenadora do Programa Nacional de Imunizações (PNI), Carla Domingues, explica que, embora a campanha siga em ritmo considerado satisfatório, a meta de 95% de imunizados ainda não foi atingida.

“Estamos na reta final. Neste momento, é fundamental que os pais e responsáveis se conscientizem da importância de proteger as crianças para que possamos manter o Brasil livre da poliomielite”, afirmou, frisando que a vacina é segura.

A poliomielite é uma doença infecto-contagiosa viral aguda que atinge principalmente crianças de até cinco anos. É caracterizada por quadro de paralisia flácida de início súbito, principalmente nos membros inferiores. Sua transmissão ocorre pelo Poliovírus, que entra pela boca. Ele é carregado pelas fezes e gotículas expelidas durante a fala, tosse ou espirro da pessoa contaminada. Falta de higiene e de saneamento na moradia, além da concentração de muitas crianças em um mesmo local favorecem a transmissão.