COTIDIANO
Cidade ilhada fica sem alimentos e combustível; bancos estão fechados
Ingá tem cerca de 400 desabrigados e homem está desaparecido. Ponte de acesso e estrada não têm condições de tráfego até a próxima sexta-feira.
Publicado em 20/07/2011 às 9:53 | Atualizado em 26/08/2021 às 23:29
Do Jornal da Paraíba
As cidades mais atingidas pelas chuvas no Brejo e Agreste da Paraíba continuam ilhadas devido aos estragos causados pelas chuvas nas estradas em toda região. Um dos casos mais severos é o do município de Ingá, onde a população já está sentindo os efeitos da falta de abastecimento.
De acordo com a Prefeitura, já existe escassez de alimentos e combustíveis e as agências bancárias continuam fechadas. O número de desabrigados em Ingá já chega a 400. Um homem ainda não identificado está desaparecido em Ingá, após ter sido arrastado pela enxurrada, na última segunda-feira, enquanto nadava com amigos. Segundo testemunhas ele teria cerca de 20 anos.
Veja fotos dos estragos das chuvas em todo o Estado
A ponte que dá acesso à BR-230 cedeu e a parte da estrutura que resistiu às chuvas terá de ser demolida. A PB-065 continua sem condições de tráfego, apesar das obras de recuperação e limpeza já terem sido iniciadas. A previsão é que a cabaceira da pista seja liberada até sexta-feira.
Mesmo com a liberação, o problema poderá continuar, já que duas estradas que dão para Mogeiro continuam intransitáveis. “A cidade está parada e continua ilhada. Daqui pra sexta podem faltar comida e combustível”, relatou o prefeito Luís Carlos Monteiro.
Outra preocupação em Ingá é um reservatório conhecido como Açude Novo que está transbordando e a prefeitura já iniciou a ampliação do sangradouro para evitar riscos de rompimento, já que algumas barreiras já estão cedendo do local.
A única passagem para fora da cidade é por uma estrada de terra que dá acesso a Juripiranga, mas só motos conseguem trafegar.
A Defesa Civil de Lagoa Seca, no Brejo, já contabilizou 40 desabrigados, mas o número pode ser ainda maior, pois algumas áreas da zona rural ainda estão inacessíveis.
Em Puxinanã, três casas desabaram e mais de dez imóveis foram danificados e tiveram de ser desocupados, pois continuam com riscos de cair. As comunidades da zona rural em Serra de Maracajá, Açudinho e Antas continuam ilhadas com as estradas sem acesso.
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