COTIDIANO
Professor é acusado de agredir estudante
Caso aconteceu nesta segunda-feira (28) na Escola Estadual Dom José Maria Pires, no bairro das Indústrias e está sendo investigado.
Publicado em 29/05/2012 às 6:30
O professor é responsável por ensinar, algumas vezes educar e, em grande parte do tempo, torna-se referência para os alunos, principalmente crianças e adolescentes. Contrariando todas essas características, um professor de química da Escola Estadual Dom José Maria Pires está sendo acusado de agredir fisicamente um aluno de 16 anos. A agressão teria acontecido na manhã de ontem, na sala de aula da escola, no Conjunto Padre Ibiapina, no bairro das Indústrias, em João Pessoa.
Estudante do 1º ano do Ensino Médio, o garoto de 16 anos estudava há apenas 3 meses na escola e, conforme os funcionários da instituição de ensino, não apresentava mal comportamento. Com sinais visíveis da agressão, no lado direito do rosto, o menino chegou acompanhado pela mãe à Delegacia de Repressão a Crimes Contra a Infância e a Juventude, onde foi registrada a ocorrência. A mãe do garoto, Josilene Francisca da Silva, preferiu não repassar mais informações sobre o caso, mas assegurou que o filho vai continuar estudando na escola.
A Patrulha Escolar do 5º Batalhão da Polícia Militar foi acionada por volta das 10h, a princípio, para uma ocorrência de agressão entre alunos. Segundo o sargento Donizete Fernandes, chegando ao local, constataram que tratava-se de um denúncia de agressão que teria sido praticada pelo professor Edvaldo Silva Melo, de 30 anos, contra um aluno da escola. A agressão física causou revolta entre todos os alunos, que chegaram a cercar o professor para agredi-lo e ainda a quebrar partes da motocicleta do suposto agressor. Para evitar o linchamento, o professor foi trancado em uma das salas da escola.
Dois funcionários da escola chegaram a afirmar que viram o exato momento em que Edvaldo Silva agrediu o adolescente com um soco no rosto. “Deu pra ver a hora em que ele deu o murro. Todos os alunos correram pra cima dele e eu protegi ele, coloquei dentro de uma sala,” disse o porteiro Bruno Santos, acrescentando que o professor possui problemas de relacionamento com a maioria dos alunos. “Ninguém gosta dele. Ele quer implantar uma ditadura na escola,”concluiu Bruno.
A gerente da 1ª Regional de Educação do Estado, Wleika Quirino, informou que vai apurar o caso junto com a direção da escola e ouvir os funcionários que relataram à reportagem o comportamento do professor e também o depoimento dos alunos. Segundo Wleika Quirino, o professor será avaliado e poderá perder o cargo, já que foi um dos aprovados no último concurso para o magistério estadual e está em período probatório.
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