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VIDA URBANA

Centro de Informática sem aulas na UFPB

Aulas foram suspensas por falta de salas; alunos protestaram por melhorias na residência universitária.

Publicado em 26/02/2014 às 6:00 | Atualizado em 07/07/2023 às 12:38

As aulas do período letivo 2014.1 do Centro de Informática da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), Campus 1, em João Pessoa, serão suspensas por falta de salas de aula. O comunicado do diretor do Centro de Informática, Guido Lemos, foi feito ontem durante reunião do Conselho Universitário (Consuni) da instituição. Lemos explicou que as aulas vão ficar suspensas até que a Reitoria da UFPB ofereça condições adequadas de funcionamento dos cursos (três de graduação e dois de pós-graduação presenciais).

Segundo Guido Lemos, a suspensão acontece porque o Centro de Informática funciona de forma precária nas instalações do Campus I, em João Pessoa. No local, existem apenas quatro laboratórios para 32 turmas e faltam salas de aula, prejudicando o aprendizado dos alunos.

Ainda de acordo com o diretor do Centro, já existe um prédio novo no Campus V, no bairro de Mangabeira, também na capital, com 17 laboratórios e salas de aulas. Porém, atrasos na entrega dos laboratórios, além da falta da construção da fossa séptica e equipamentos de acessibilidade podem levar a suspensão das aulas a partir do dia 14 de abril, quando começaria o novo período letivo.

“Já comunicamos a situação à Reitoria e vamos aguardar um posicionamento. Se a gente não conseguir, não vamos nos mudar para o novo Centro e o local em que os alunos estão assistindo as aulas também não está em boas condições. Por isso, avaliamos a possibilidade de parar as aulas por tempo indeterminado no próximo período”, explicou o diretor, acrescentando ainda que o CI conta com mil alunos matriculados.

A reportagem do JORNAL DA PARAÍBA entrou em contato com a pró-reitora de Graduação, Ariane Norma de Menezes Sá, para comentar o assunto, mas não obteve sucesso.

PROTESTO

Além dos problemas com as obras do CTDR, a reunião do Consuni tratou ainda da situação da residência universitária da UFPB. A discussão foi gerada por um grupo de estudantes que protestaram na sede da Reitoria para pedir melhorias na infraestrutura de acomodação dos beneficiários e reforço na segurança da área dos prédios.

Segundo informações das lideranças estudantis, 368 pessoas vivem na residência e 68 delas dormem no chão por falta de colchões. O prédio da residência passou por reformas e outros blocos foram construídos e entregues aos estudantes recentemente. No entanto, quem precisa da moradia reclama que em muitos quartos, que acomodam dois estudantes, não há ventiladores. Fora isso, os cômodos só contam com as duas camas e colchões, em situação precária.

Quando Antônio Pereira saiu do município de Ibiara, no Sertão paraibano, para estudar Matemática no campus da UFPB na capital, não imaginava que passaria dois meses dormindo no chão e depois que conseguisse um quarto teria que enfrentar um colchão antigo e usado. “Eu forrava minha rede no chão e dormia ali mesmo. Depois um colega me deu um colchonete”, relata.

Segundo o coordenador da Residência Mista do Campus I, Cícero Carneiro, os 68 estudantes que dormem sem colchão são os “feras”, que ingressaram na universidade há cerca de oito meses. Cícero informou que a Pró-Reitoria de Assistência Estudantil (Prape) disponibilizará, em caráter emergencial, 30 colchões. “Esse problema dos colchões e outros que enfrentamos na residência vem se arrastando há quase dois anos. Os feras não receberam colchões e os veteranos também precisam de colchões novos, porque os colchões são de péssima qualidade e duram, no máximo, seis meses”, lamentou o estudante que revelou ter entregue o colchão dele para um dos colegas que não tinha o objeto.

Sem escrivaninha ou cadeiras nos quartos para acomodar os livros e as malas, Cícero e outros alunos que moram na residência não dispõem de móveis. Os objetos que existem nos quartos são frutos de doações, aquisições pessoais ou encontrados nos depósitos de móveis velhos da universidade.

“Às vezes, a gente encontra birôs, cadeiras e aí pedimos autorização para aproveitar e deixar no quarto, porque os quartos não têm nada disso”, lamentou.

SEGURANÇA

Outras pautas de reivindicação dos estudantes que moram na residência foram a instalação de caixas de água novas e não de amianto (material cancerígeno), a aprovação para a construção de um Centro de Referência e Atenção à Saúde para os residentes, reforço no efetivo de guardas que trabalham na área da Residência Universitária, além da instalação de câmeras de segurança na parte externa e interna dos prédios.

De acordo com os estudantes, a segurança na área é realizada por dois vigilantes durante o dia. Mas, no período da noite, não há seguranças e os alunos ficam em situação vulnerável. “Isso é uma ameaça para nós, porque durante a noite ou nos finais de semana, qualquer pessoa pode entrar nos prédios e não precisa se identificar. Muita gente já foi assaltado por aqui. Até a guarita para os vigilantes faz dois anos que está em construção e à noite não fica nenhum segurança por lá”, denunciou Cícero Carneiro.

PROBLEMAS NO CAMPUS DO LITORAL

Os estudantes do Campus IV da UFPB, localizado em Mamanguape e Rio Tinto, no Litoral Norte do Estado, também enfrentam problemas com relação à assistência estudantil.

Segundo informações do movimento estudantil do local, as vagas nas duas residência são insuficientes e os alunos não têm acesso aos serviços de saúde e alimentação.

De acordo com o representante do Movimento Estudantil Kynkanto Melo, as residências construídas nos dois municípios só têm capacidade para abrigar 20 estudantes cada uma, e seriam distribuídos quatro estudantes por quarto, em um espaço de aproximadamente 6 metros quadrados.

Além disso, os alunos do Campus IV também enfrentam problemas quanto à disponibilidade de refeições. Desde a última greve que a gente fez, ano passado, a reitora assinou um termo de compromisso, mas a maioria dos pontos não foi cumprida. O Restaurante de Mamanguape não foi aberto ainda, porque tem rachaduras no piso. Só está funcionando o de Rio Tinto.

Enquanto isso, os alunos que precisam ganham R$ 7,00 por dia para comprar o café da manhã e o almoço e não dá”, lamentou o estudante.

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Jornal da Paraíba

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