ECONOMIA
Conheça os benefícios da previdência privada através de entidades
Com apenas 31 anos de regulamentação, a modalidade de previdência privada brasileira já ocupa o oitavo lugar no sistema de previdência complementar do mundo.
Publicado em 01/08/2010 às 18:39
Marina Magalhães
Especial para o Jornal da Paraíba
Com apenas 31 anos de regulamentação, a modalidade de previdência privada brasileira já ocupa o oitavo lugar no sistema de previdência complementar do mundo, com 2,53 milhões de participantes e assistidos. O patrimônio de R$ 502 bilhões é fruto de três modalidades de planos: benefício definido, contribuição definida e variável, segundo dados da Superintendência Nacional de Previdência Complementar (Previc). Desde 2003, oito categorias paraibanas de classe descobriram o filão da previdência associativa e passaram a oferecer segurança na medida para cada categoria profissional.
O economista Cláudio Rocha explica que o fenômeno vem crescendo, porque a previdência oficial está falida. “Os trabalhadores, principalmente as pessoas autônomas, como advogados, engenheiros, só mantêm a previdência oficial para se acobertar e se aposentar no futuro, mas constroem paralelamente o seu patrimônio por conta própria. A previdência privada, dessa forma, funcionará como uma renda complementar”, afirma.
A região Nordeste é a terceira região do país em quantidade de planos de previdência privada, com 35 planos inscritos junto ao Ministério da Previdência. Em primeiro lugar está o Sudeste, com 237, seguido pelo Sul, com 61. Logo atrás do Nordeste vem a região Centro-Oeste, com 30 planos, e a região Norte, com apenas quatro. Na Paraíba, pelo menos seis categorias profissionais possuem planos inscritos no Ministério da Previdência.
“Além de possíveis benefícios fiscais e isenção de taxas, uma das grandes vantagens desses planos é que, em algumas empresas, o empregado entra com uma parcela e a empresa assume o restante, mas isso varia de acordo com cada companhia”, avalia o economista. “Outra diferença entre a previência oficial e a privada é que na primeira o valor da sua contribuição vai para o bolão, uma massa de recursos utilizadas para pagar todas as aposentadrias, enquanto na privada você contribui para você mesmo, é individualizada”.
Mais um ponto a favor dos planos privados é que todas as contribuições pagas podem ser aplicadas em fundos de investimento, que podem ser de renda fixa ou parcialmente destinados à bolsa de valores. “Quanto mais dinheiro, mais rende e a aposentadoria vai aumentando. Na previdência oficial não se aplica nada”, compara Cláudio Rocha.
Benefícios atraem os profissionais
Os benefícios das previdências privadas levaram a advogada Ana Helena Portela, de 36 anos, a começar a investir nessa modalidade de investimento. Ela continua pagando o Instituto Nacional do Seguro Social, mas também optou pela previdência privada. “Eu pago por mês determinado valor, como R$ 150”, disse.
As categorias que têm o plano são a OABPrev, dos associados da Ordem dos Advogados do Brasil; Mútua, do Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura; Cooperados da Unimed; Sebrae Previdência, dos trabalhadores do Serviço de Apoio às Micros e Pequenas Empresas da Paraíba; Portus, dos funcionários da Companhia Docas da Paraíba; GEAPPrevidência, dos associados da Universidade Federal da Paraíba e Federal de Campina Grande; BB Previdência, dos funcionários da Energisa Borborema, e Funasa, também da Energisa, com três modalidades: Benefício Definido, Plano Saldado Funasa e Plano de Benefícios PDC Funasa.
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