POLÍTICA
Delegado diz ter recebido oferta de R$1,6 milhão para espionar Serra
Onézimo Sousa disse ter sido procurado por representantes do PT. Partido e comitê de Dilma Rousseff negam envolvimento com o caso.
Publicado em 06/06/2010 às 8:09
Do G1
Um delegado aposentado da Polícia Federal disse à revista “Veja” desta semana que foi procurado por pessoas ligadas ao comitê eleitoral do PT para espionar o pré-candidato do PSDB à sucessão presidencial.
A revista publicou uma entrevista com o delegado aposentado da PF Onézimo Sousa em que ele afirma ter sido procurado por integrantes do comitê da pré-candidata do PT, Dilma Rousseff, para espionar possíveis traidores dentro da própria campanha petista e principalmente o pré-candidato da oposição, José Serra, do PSDB.
Segundo o delegado, o encontro teria ocorrido em abril, em um restaurante de Brasília, e, além de um amigo dele, teriam participado Luiz Lanzetta, dono da empresa Lanza, responsável pela contratação de jornalistas para a campanha de Dilma Roussef, Benedito de Oliveira Neto, um dos sócios da empresa Dialog, que tem contratos com o governo Lula, e o jornalista Amaury Ribeiro Júnior.
Ainda segundo o delegado, a proposta foi de um R$ 1,6 milhão pelo trabalho.
A revista “Veja” perguntou quem fez essa proposta. O delegado aposentado responde: “Fui convidado para um encontro com Fernando Pimentel. Chegando lá no restaurante, estava o Luiz Lanzetta, que eu não conhecia, mas que se apresentou como representante do prefeito."
“Que tipo de investigação?”, pergunta a revista. “Era para levantar tudo, inclusive coisas pessoais. O Lanzetta disse que eles precisavam saber tudo o que eles faziam e falavam. Grampos telefônicos…", responde o delegado aposentado.
A publicação pergunta ainda: “Pediram ao senhor para grampear os telefones do ex-governador Serra? “Explicitamente, não. Mas quando me disseram que queriam saber tudo o que se falava, ficou implícita a intenção. Ninguém é capaz de saber tudo o que se fala sobre alguém sem ouvir suas conversas. Respondendo objetivamente, é claro que eles queriam grampear o telefone do ex-governador”, respondeu o delegado.
À revista “Veja”, o delegado Onésimo disse que não aceitou a proposta. Neste sábado, o Jornal Nacional procurou o delegado, mas ele não foi encontrado.
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