Adeus a James Garner, o eterno 'Maverick'

Entre o carteado e o bang-bang nos anos 1950, o ator James Garner foi conhecido como Bret Maverick, um jogador de pôquer na série de TV que levou o sobrenome do personagem, Maverick, permanecendo no ar por cinco temporadas.

No último sábado, o artista norte-americano foi encontrado morto em sua casa, em Los Angeles, Estados Unidos. De acordo com a polícia local, Garner veio a óbito por causas naturais. Ele tinha 86 anos.

Ele estava afastado das telonas desde que sofreu um derrame em maio de 2008, pouco após seu aniversário de 80 anos. Seus últimos longas-metragens foram Diário de uma Paixão (2004) e O Presente (2006). Também foi a voz do super-herói Capitão Marvel em animações como Superman & Shazam! - O Retorno do Adão Negro (2010), dentre outras produções.

Definitivamente, Garner é mais lembrado pelo seriado de faroeste Maverick, que estreou na TV norte-americana em 1957, quando o produtor Roy Huggins (1914-2002) o escolheu para ser o protagonista. A série também foi estrelada por Jack Kelly (de Planeta Proibido) e o 007 Roger Moore.

A série voltaria no começo dos anos 1980, rebatizada como Bret Maverick. Teve apenas uma temporada e, assim como Maverick, Garner recebeu uma indicação ao Emmy.

Há 20 anos, o ator voltou a atuar pela 'linhagem' do personagem, quando foi lançada a versão para o cinema homônima dirigida por Richard Donner (da franquia Máquina Mortífera). Desta vez Garner encarnou o pai de Bret Maverick, interpretado por Mel Gibson (O Troco). Jodie Foster (O Silêncio dos Inocentes) também estava no elenco.

Huggins ainda o convidaria para interpretar um ex-presidiário que se torna detetive particular na premiada série Arquivo Confidencial (1974-1980).

No cinema, James Garner se destacou em dois longas de sucesso nos anos 1960: Fugindo do Inferno (1963), de John Sturges (mesmo diretor de Sete Homens e Um Destino), no qual ele e Steve McQueen são prisioneiros na Segunda Guerra Mundial, e Grand Prix (1966), de John Frankenheimer (de Operação França), onde Garner fez todas as cenas de corrida do seu personagem.

Na verdade, até durante as pausas de Grand Prix era bastante comum o ator realizar mini-corridas com pilotos profissionais que foram contratados para as filmagens. Sua única indicação ao Oscar veio com O Romance de Murphy (1985), ao lado de Sally Field. (Audaci Júnior)