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VIDA URBANA

Mulher cobra pagamentos fazendo greve de fome algemada em frente a prefeitura

Caso começou na tarde desta sexta-feira (15). Empreiteira cobra R$ 34 mil da prefeitura por serviços de obras realizados em Nova Floresta.

Publicado em 15/04/2016 às 14:58

Uma empresária potiguar, de 37 anos, do ramo da construção civil se algemou em frente a prefeitura de Nova Floresta, na região do Agreste paraibano, para reivindicar pagamentos atrasados por parte da prefeitura. Brenda Martins, da empresa Luso Brasil Empreendimentos Ltda, reivindica pagamentos atrasados por parte do prefeito, quantia que juntas somam aproximadamete R$ 34 mil, referentes a construções solicitadas pela prefeitura.

De acordo com Brenda, além de ficar algemada pretende fazer greve de fome até receber seu pagamento. "Só saio com meu pagamento, entrarei em greve de fome. O recurso chegou, mas ele não me paga", afirmou Brenda. "Quando cheguei na sede da prefeitura, trancaram a porta e fugiram", completou.

Ainda segundo informações de Brenda, ela ainda tem R$ 500 mil em obras para serem concluídas na cidade e, por isso, vem sofrendo perseguição por parte do prefeito. "Hoje ele mandou por um cadeado na cisterna da minha obra, para que eu não a conclua", destacou.

Brenda postou em uma rede social a seguinte mensagem sobre o trancamento da cisterna:

Segundo o prefeito de Nova Floresta, João Elias da Silveira Neto Azevedo, conhecido como Meu Louro, "ela vai ficar lá, não tem como negociar com ela". As obras não foram concluídas por isso não houveram os pagamentos para a empresária, de acordo com o prefeito. Sobre fazer algum tipo de perseguição contra ela, ele apenas comentou que "não existe isso".

Um dos pagamentos que são cobrados por Brenda Martins são referentes a um serviço para a prefeitura de Nova Floresta junto a sua empresa. A obra custou em torno de R$ 135 mil para "reforma e ampliação da quadra da Escola Senador Rui Carneiro".

Brenda Martins entrou com uma ação na Promotoria solicitando os pagamentos, e o prefeito revelou que espera a decisão da Justiça sobre a ação para realizar ou não os pagamentos. "Ela procurou a promotoria, e estou aguardando a decisão da Justiça. Se disserem pra pagar, eu pago. Se não, só quando concluírem as obras", disse Meu Louro.

Até às 16h nenhuma autoridade ligada a prefeitura entrou em contato com Brenda Martins para tratar sobre o assunto. Alguns policiais civis foram ao local para negociar com a empreiteira o fim de seu protesto.

Câmara de vereadores

Na última quinta (14), Brenda Martins foi a reunião semanal dos vereadores na Câmara Municipal de Nova Floresta, e após pedidos de vereadores e do vice-prefeito Rossélio a empresária teve espaço na Tribuna da Casa para esclarecer as denúncias que vinha fazendo contra o prefeito Meu Louro - que já circulava há muito nas redes sociais.

Uma confusão foi formada após o vereador Sérgio Simão se mostrar contra a fala da empresária. Brenda então invadiu o Plenário da Casa e a reunião tornou-se um grande bate boca. A Polícia Militar foi acionada, mas não precisou agir, a empresária deixou o local por livre e espontânea vontade.

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Jornal da Paraíba

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