VIDA URBANA
Obras do Moradouro devem sair do papel
Projeto que visa restaurar prédios do Centro Histórico, transformando em condomínios é de alto custo, por isso ainda não foi executado.
Publicado em 28/01/2012 às 6:30
Cinco anos após terem sido anunciadas pela Prefeitura de João Pessoa, as obras do Moradouro deverão sair do papel e entrar em fase de licitação até o final deste ano. A informação é do secretário de Habitação de João Pessoa (Semhab), José Guilherme de Almeida. Segundo ele, o projeto que prevê a construção de 35 unidades habitacionais no bairro do Varadouro, será refeito a partir de março.
“A intenção do prefeito Luciano Agra é dar celeridade e concluir os projetos até o final da gestão. O projeto do Moradouro terá que ser refeito para fazermos as atualizações necessárias.
Nossa intenção é mandá-lo para concorrência pública este ano”, declarou.
Pela versão anterior, o projeto previa investimento na ordem de R$ 1,5 milhão, que seria empregado na construção de 35 apartamentos. Os trabalhos serão feitos pela Prefeitura de João Pessoa, em parceria com a Caixa Econômica Federal.
No entanto, a demora na execução das obras foi motivada pelo alto custo dos trabalhos, já que os imóveis são tombados pelo patrimônio histórico e não podem ter a suas arquiteturas originais alteradas. A restauração, segundo o secretário de Habitação, é mais cara que a construção de novos prédios.
“Todos os trabalhos serão feitos com a colaboração dos técnicos do Instituto do Patrimônio Histórico, Artístico e Nacional de (Iphan). Teremos que contratar arqueólogos e outros profissionais capacitados para garantir a preservação dos prédios tombados”, afirmou José Guilherme.
Lançado em 2006, o Moradouro foi criado com a intenção de reocupar o Centro Histórico de João Pessoa e dar utilidade aos imóveis que estão abandonados. A ideia é restaurar os prédios, tornando-os em conjuntos habitacionais, na tentativa de revitalizar a área com a presença dos moradores. A construção dos 35 apartamentos seria feita em parceria com a Caixa Econômica Federal, que também iria financiar a compra dos imóveis.
Na época, a Prefeitura chegou até a realizar um cadastro entre as pessoas interessadas em adquirir um desses apartamentos.
De acordo com José Guilherme, essas inscrições permanecem válidas. No entanto, o governo municipal deverá anunciar eventuais mudanças que ocorrerem no projeto. “Alguns detalhes, como o valor do investimento, terão que ser analisados, porque são do ano passado. Mas não posso garantir que haverá alterações no projeto inicial. Apenas, os estudos que ainda faremos é que mostrarão isso”, justificou o secretário.
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