COTIDIANO
Falsário de documentos e placas de carros é preso em bairro nobre
Operação Desmanche atuou em Pernambuco, na Paraíba e no Rio Grande do Norte à procura de envolvidos em roubo e desmanche de carros. Na PB, despachante fraudava documentos.
Publicado em 06/10/2010 às 11:14
Karoline Zilah
Uma operação interestadual deflagrada pela Secretaria de Segurança Pública de Pernambuco resultou na prisão, na Paraíba, de um acusado de falsificar documentos de carros roubados. William Soares de Araújo Filho, de 29 anos, foi encontrado em uma casa no bairro nobre do Altiplano, em João Pessoa.
De acordo com o Grupo de Operações Especiais (GOE) da Polícia Civil paraibana, William trabalhava como despachante na fraude de documentos de carros roubados em Pernambuco e Rio Grande do Norte. A função dele era fazer com que o carro aparentasse estar legalizado.
Detidos nos estados vizinhos, os demais integrantes da organização criminosa atuavam em outros setores, como o roubo e a adulteração dos veículos.
Em João Pessoa, ainda foram cumpridos dois mandados de busca. O GOE apreendeu documentos e placas adulteradas que comprovam a articulação da quadrilha na Paraíba. O acusado será encaminhado para o Presídio Aníbal Bruno, em Recife.
A Operação Desmache aconteceu em 16 cidades do Nordeste: Recife, João Alfredo, Casinhas, Surubim, Limoeiro, Paudalho, Igarassu, Camaragibe, Jaboatão dos Guararapes, Abreu e Lima, Paulista, Carpina e Olinda (em Pernambuco), João Pessoa (PB), Parnamirim e Natal (Rio Grande do Norte).
A 1ª Vara Criminal da Comarca de Recife expediu 27 mandados de prisão preventiva e 29 mandados de busca e apreensão.
Como funcionava
As investigações iniciadas em janeiro apontam que os automóveis roubados em Recife tinham como destino final a Zona da Mata Norte de Pernambuco e os estados vizinhos da Paraíba e Rio Grande do Norte. A polícia constatou que os receptadores utilizavam os veículos roubados e furtados para desmanchá-los e vender as peças em ferro-velhos ou lojas de autopeças. Os carros também eram adulterados.
Muitos dos integrantes frequentavam leilões, comprando e vendendo veículos "batidos" ou em mal estado de conservação, para aproveitar o chassi destes automóveis na prática ilegal da modalidade conhecida como "encarroçamento".
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