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VIDA URBANA

Hemocentro de CG vai cadastrar portadores de doença falciforme

Número de pessoas que se submeterão ao tratamento da doença só será conhecido após início do cadastramento.

Publicado em 30/03/2012 às 6:30


A partir da próxima semana, o Hemocentro Regional de Campina Grande começará o cadastro de pessoas portadoras de doença falciforme do interior do Estado, que até então precisavam se deslocar para João Pessoa ou para outros estados em busca de tratamento. A cidade passará a ser referência para esses casos.

A Associação Paraibana de Portadores de Anemias Hereditárias estima que uma em cada 1.500 crianças que nascem no Estado é portadora da doença e diz que o funcionamento do novo centro vai ajudar a tirá-la do anonimato. “As pessoas do interior que convivem com a doença encontravam várias dificuldades para se tratar. As informações sobre ela ainda são poucas. Devido à posição geográfica de Campina, isso deve mudar”, afirma o coordenador de Comunicação da entidade, Dalmo Oliveira.

Até ontem, as equipes de bioquímica dos Hemocentros de João Pessoa e Campina Grande e do Laboratório Central de Saúde Publica (Lacen) participaram do Curso Teórico e Prático para Diagnósticos Laboratoriais das Hemoglobinopatias, que começou na última segunda-feira.

Hoje, será a vez dos profissionais dos setores de assistência social, psicologia, enfermagem e equipe da atenção básica de saúde do município se informarem sobre o tema 'Orientação genética em herança falciforme', numa palestra ministrada pela técnica do Ministério da Saúde Silma de Melo.

De acordo com a coordenadora do Setor de Enfermagem do Hemocentro de Campina Grande, Enedina Marques, só após o início do cadastro será possível saber a demanda de pessoas que se submeterão ao tratamento da doença no local.

Ela disse o problema possui grande incidência no país devido à miscigenação populacional e que a doença é detectada atualmente através do teste do pezinho, que é obrigatório. “Essas doenças são hereditárias e ocasionadas pela destruição das hemácias e suas principais manifestações clínicas são a anemia e icterícia”, explicou Enedina.

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Jornal da Paraíba

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