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POLÍTICA

Tribunal de Justiça homenageia centenário de Abelardo Jurema

Solenidade lembrou trajetória política do jurista, ex-deputado e ex-ministro da Justiça do presidente João Goulart.

Publicado em 09/04/2014 às 6:00 | Atualizado em 16/01/2024 às 17:45

“O presidente João Goulart tinha dois conselheiros inseparáveis. Um deles era Leonel Brizola. O outro, Abelardo de Araújo Jurema. Se tivesse ouvido mais a este, com certeza os rumos do Brasil seriam outros”.

A frase do ex-presidente do Supremo Tribunal Federal Carlos Ayres Brito sobre Abelardo Jurema foi lembrada pelo neto do ex-ministro da Justiça de Jango, cujo centenário foi comemorado pelo Tribunal de Justiça da Paraíba na noite de ontem. Ao som da Orquestra Toque de Vida, amigos e familiares puderam lembrar da memória do jurista e ex-deputado originário de Itabaiana. Uma placa foi entregue pelo TJPB para a família.

Entre os familiares, o filho, Abelardo Jurema, lembrou-se da época em que seu pai estava asilado na embaixada do Peru, no Rio de Janeiro. “Eu tinha 12 anos de idade. Saía da escola e ia para a embaixada para ver meu pai. Foi a época em que nos aproximamos. Foi quando eu o conheci de verdade, quando vi o homem íntegro que era. Meu pai, quando ministro, não se permitiu ser mais que um homem. Quando no exílio, não se permitiu ser um centímetro menos que um homem”, disse, emocionado.

A integridade do ex-ministro foi lembrada, também, pela presidente do TJPB, Fátima Bezerra Cavalcanti, que destacou que ele não foi só um político em sua essência, mas “um homem preocupado com o direito e com a justiça. Inclusive, é de sua autoria a criação do Comissariado de Defesa do Consumidor, que podemos considerar o pai do Procon.

Naquele tempo ele já entendia que um controle de preços e de qualidade era necessário para proteger o consumidor”, lembrou.

LUTA CONTRA AUMENTO DE ALUGUÉIS

Outro tema lembrado pelos convidados durante a celebração foi a luta do ex-ministro, quando deputado, para controlar a especulação dos preços de aluguéis. “Ele coibiu as cobranças abusivas de aluguéis por meio do congelamento dos preços.

Isso vinha acontecendo de forma desordenada. Seus atos têm reflexo na sociedade até hoje”, frisou.

O presidente da Comissão de Cultura e Memória do Poder Judiciário do Estado e do Tribunal de Justiça da Paraíba, desembargador Marcos Cavalcanti de Albuquerque, chamou Abelardo de Araújo Jurema de “filho ilustre” da Paraíba, e lembrou que o ano de 1914 foi pródigo no Estado no nascimento de grandes homens. “Tivemos grandes personagens da história da Paraíba que nasceram neste ano. Sílvio Ramalho, Mário de Moura Rezende, Pedro Gondim, João Agripino e Abelardo Jurema”, frisou.

Para o neto, que lembrou da frase de Ayres Brito, foi difícil, no início, entender seu avô como um herói. “Eu o via nos livros de história e perguntava para minha professora porque meu avô estava ali e ela me dizia que ele tinha sido um herói. Não entendia muito bem. Hoje, quando meu filho de sete anos me pergunta o que meu avô está fazendo aparecendo nas páginas da revista Veja eu posso dizer a ele. 'filho, o avô do seu pai foi um herói'”, concluiu.

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Jornal da Paraíba

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