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COTIDIANO

Sudema afasta 2 funcionários por extorsão de empresário minerador

Envolvidos são um técnico e um policial militar que está à serviço do órgão estadual. Eles teriam feito proposta para que empresário não recebesse multa ambiental de R$ 40 mil.

Publicado em 03/08/2010 às 11:48

Karoline Zilah

Dois funcionários da Superintendência de Administração do Meio Ambiente (Sudema) foram detidos em flagrante na noite da segunda-feira (2) próximo ao Mag Shopping, no bairro de Manaíra, em João Pessoa por tentar extorquir um empresário, a quem seria aplicada uma multa ambiental de R$ 40 mil. Os envolvidos são um técnico e um policial militar que está à serviço do órgão estadual temporariamente. O policial, que se passou por fiscal da Sudema, iria receber R$ 2.000 de propina.

O valor negociado anteriormente, segundo o delegado Francisco Assis da Silva, da delegacia de Roubos e Furtos, seria 10 mil reais, mas ao final da negociação ficou acertado que seria 4 mil, em duas parcelas de 2 mil, sendo a primeira na segunda-feira à noite e a outra parte na próxima sexta-feira.

O superintendente Eloízio Henrique Dantas, anunciou por meio de assessoria de imprensa que os dois servidores foram afastados de suas atividades. Ele solicitou à assessoria jurídica do órgão que analise os casos e instaure uma sindicância para apurar a participação de cada um dos acusados.

Na manhã desta terça-feira (3), apenas o PM Aluísio Washington Pereira Nascimento continua detido. Ele disse ter recebido apenas um 'agrado' do empresário, e por isso permanece recolhido no Centro de Ensino da Polícia Militar, na Capital. O técnico Roberto Fernandes negou as acusações e foi liberado.

A denúncia de extorsão partiu de um proprietário de mineradoras no Estado. Ele, que pediu para não ser identificado, afirmou que há muito tempo negocia diretamente com a Sudema e que tem duas empresas na área de minérios. Ele tinha algumas pendências com a Sudema e estranhou o fato do fiscal, em vez de multá-lo, dizer que tinha alguém que poderia resolver o problema dele e, a partir de então marcou uns encontros para praticar a extorsão.

O empresário disse ainda que Washington teria deixado o número de um telefone e um recado com o empregado do empresário, conhecido por Galego, para que ele ligasse urgente para conversar, sugerindo que a quinta-feira seria um dia bom. A conversa ficou para o final da semana, após o aval de um outro fiscal identificado apenas por Roberto que teria batido o martelo quanto ao valor.

De acordo com o delegado o inquérito está apenas começando. Muitas pessoas ainda serão ouvidas e o Roberto está sendo procurado para prestar esclarecimentos. Todas as pessoas envolvidas, inclusive, o responsável pela empresa citado por Washington, entre outros.

O ato de extorquir alguém para obter vantagem econômica é considerado crime. O Código Penal brasileiro prevê pena de quatro a dez anos de reclusão.

Atualizado às14h35

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Jornal da Paraíba

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