POLÍTICA
Adiada audiência que investiga denúncias contra Veneziano
MP pede adiamento da audiência que investiga o suposto uso de dinheiro público na campanha do prefeito reeleito de Campina Grande, Veneziano Vital do Rego (PMDB).
Publicado em 16/03/2009 às 10:05
Da Redação
A audiência, que aconteceria na manhã desta segunda-feira (16), para ouvir as testemunhas da Ação de Investigação Judicial Eleitoral (Aije) que investiga o suposto uso de dinheiro público na campanha de 2008 do prefeito reeleito de Campina Grande, Veneziano Vital do Rego (PMDB), foi adiada a pedido do Ministério Público.
De acordo com Josineide Medeiros de Almeida, chefe do cartório da 16ª zona eleitoral em Campina Grande, onde as testemunhas serão ouvidas, a alegação do Ministério Público é de que o promotor Otávio Celso Gondim Paulo Neto, que era o representante do MP no caso, foi transferido para João Pessoa e ainda não foi designado um outro representante. Hoje seriam recolhidos 65 depoimentos de testemunhas tanto da defesa quanto da acusação.
A audiência, que já foi adiada outras três vezes, foi remarcada para o dia 31 de março. Depois de ouvidas as testemunhas, o juiz terá três dias para iniciar a fase de diligências, depois disto devem ser feitas as alegações finais.
O Aije movida pelo Ministério Público Eleitoral apura as denúncias de que um cheque de R$ 50 mil teria sido pago pela Secretaria de Saúde da Prefeitura de Campina Grande para a construtora Maranata LTDA. O mesmo cheque teria sido descontado e depositado em uma conta de campanha do PMDB poucos minutos depois.
O caso do cheque ganhou notoriedade nacional quando o colunista Cláudio Humberto divulgou a denúncia de irregularidade. De acordo com o jornalista, foram feitos 12 depósitos em um período de seis minutos na conta de campanha de Veneziano, somando R$ 50 mil. Para o promotor Clarck Benjamin, da 72ª Zona Eleitoral, as parcelas levantam suspeita de que o dinheiro depositado tenha sido o mesmo pago pela Secretaria à empresa Maranata.
As relações entre a Prefeitura e a construtora também são investigadas no caso de um contrato de terceirização de serviços no valor de R$ 10 milhões. Uma auditoria do Tribunal de Contas do Estado (TCE) ainda constou a contração irregular de pessoal para cargo comissionado e pagamento irregular de gratificação para alguns servidores municipais, gerando um prejuízo no erário na ordem de R$ 952 mil/ano.
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