ECONOMIA
Preço de genéricos cai menos em João Pessoa
Pesquisa do Idec mostrou redução de preços em nove medicamentos, mas em João Pessoa apenas cinco reduziram preços.
Publicado em 11/07/2014 às 6:00 | Atualizado em 05/02/2024 às 16:42
Nove medicamentos genéricos tiveram redução de preço entre 2013 e 2014, segundo uma pesquisa nacional realizada pelo Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec). No estudo a queda oscilou entre 6% e 53%. Em João Pessoa, no entanto, apenas cinco, desses mesmos remédios, tiveram queda de preço e os demais, ao contrário, ficaram mais caros até 35,04%. Na capital paraibana, a diminuição foi mais tímida do que a média nacional, variou entre 7,05% e 29,98%.
No levantamento informal realizado pelo JORNAL DA PARAÍBA, a maior diferença na dedução foi percebida no antibiótico de princípio ativo Amoxilina 500 mg (caixa com 30 cps) que o ano passado custava R$ 35,42 e este ano caiu para R$ 24,80 na capital paraibana, queda de 29,98%. A menor diferença foi encontrada no Omeprazol 20 mg (28 caps) que poderia ser comprado por R$ 46,05% e atualmente está por R$ 42,80, baixa de 7,05%.
Já entre os quatro remédios que tiveram expansão de preço em João Pessoa, o maior reajuste foi visto no Atenolol 50 mg (30 comp.) que no ano passado era visto nas farmácias por R$ 9,73 e este ano é vendido por R$13,14, uma alta de 35,04%. Já o aumento mais tímido foi registrado no Citrato de tamoxifeno 10 mg (30 com), que custava R$ 41,08 o ano passado e este mês pode ser comprado por R$ R$ 42,70, aumento de 3,94%. Veja o quadro do levantamento de preço realizado em João Pessoa e a tabela da pesquisa do Idec.
Segundo o presidente do Sindicato Patronal do Comércio Varejista de Produtos Farmacêuticos de João Pessoa (Sindifarma-JP), Hebert Almeida, a variação dos preços dos medicamentos, para mais ou para menos, depende da lei de livre mercado. “O que não pode é exceder o valor de tabela, que é o teto máximo vendido ao consumidor”, destacou.
Segundo ele, os medicamentos que tiveram os valores onerados podem ter explicação nas campanhas promocionais dos laboratórios. Esses produtos poderiam estar sendo vendidos com preços abaixo da média do mercado e depois retornaram ao valor normal, dando a impressão de terem sido reajustados. “Alguns laboratórios lançam campanhas de determinados medicamentos, que são repassados para as distribuidoras que passam para as farmácias. E cabe a cada farmacêutico adotar ou não”, frisou.
AVALIAÇÃO DO IDEC
A economista do Idec explicou que o estudo realizado pelo instituto foi realizado nas farmácias, por telefone e nos sites das empresas. A queda máxima foi vista no antibiótico de princípio ativo Amoxilina 500 mg (com 30 comprimidos) produzido pelo laboratório EMS que custava R$ 35,42 (preço médio) e passou para R$ 16,42 este ano.
Comentários