PC conta detalhes do sequestro de jovem

A Polícia Civil declarou em entrevista coletiva, realizada na manhã de ontem, em Campina Grande, que os suspeitos do sequestro de um adolescente não foram presos porque o objetivo principal foi garantir a segurança da vítima. Horas após os três sequestradores que participaram da ação pedirem R$ 250 mil de resgate pelo estudante João Pedro Honorato, 15 anos, a polícia localizou o cativeiro nas proximidades de um motel na BR-104.

Equipes realizaram rondas na região e os sequestradores se evadiram do local após mais de 24 horas mantendo o adolescente como refém. “A família chegou a pedir para que não houvesse envolvimento da polícia, mas foi graças a essa atuação, com apoio da nossa inteligência, que fizemos a saturação da área do cativeiro, no sentido de salvaguardar a vida do refém”, assegurou o delegado Glauber Fontes, responsável pelo inquérito que culminou no resgate da vítima. O sequestro aconteceu na noite da última quarta-feira, por volta das 19 horas, no bairro Centenário.

Segundo a polícia, o valor exigido pelo resgate não foi pago. O valor foi pedido pelos bandidos em ligação telefônica com os responsáveis pelo jovem, levando a família a acreditar que o estudante teria sido levado por engano, apesar de terem chegado a oferecer R$ 50 mil aos indivíduos. O adolescente não chegou a ver os acusados, ficando encapuzado durante todo o período que esteve em poder dos indivíduos.

Existe ainda a possibilidade do crime ter sido cometido por um mesmo grupo especializado, responsável pelo sequestro de um engenheiro, em 24 de dezembro do ano passado, na cidade de Lagoa Seca, no Brejo paraibano. A família da vítima não comunicou a polícia durante as negociações e efetuou um pagamento de R$ 100 mil aos bandidos. “Ainda estamos investigando, mas existe essa possibilidade de ser o mesmo grupo”, afirmou o delegado de Roubos e Furtos, Henry Fábio. As investigações estão em curso para identificar e prender os acusados.