ESPORTES
Árbitro reclama de calotes em jogos na Paraíba
João Bosco disse que é comum as diretorias dos clubes mandantes atrasarem o pagamento das tarifas de transporte e diária, valor que atualmente gira em torno de R$ 130.
Publicado em 02/11/2012 às 8:00
O árbitro João Bosco Sátiro, que faz parte do quadro da CBF e da FPF, tornou público ontem um problema que, segundo ele, é recorrente entre os clubes paraibanos. João Bosco disse que é comum as diretorias dos clubes mandantes atrasarem o pagamento das tarifas de transporte e diária, valor que atualmente gira em torno de R$ 130. O último caso aconteceu na partida de quarta, entre Treze e Botafogo, no Amigão, quando o árbitro deixou a partida sem receber a quantia do time de Campina.
Segundo João Bosco, o problema não se restringe apenas ao Treze, mas com praticamente todos os clubes do Estado. “Isso vem acontecendo em outras partidas. Não é só com o Treze, mas com outros times da Paraíba. Isso acontece com clubes de João Pessoa, Campina, Patos, Cajazeiras, Itaporanga... E é um absurdo”, reclamou.
Segundo a assessoria de imprensa da FPF, os árbitros têm direito a receber dois pagamentos por jogo trabalhado. Um deles é a taxa de arbitragem, de responsabilidade da própria Federação.
O outro se refere à diária e à viagem do árbitro até o local do jogo, e deve ser repassado pelo clube mandante. João Bosco explicou que, pela partida de ontem, válida pela Copa Paraíba, ele recebeu da FPF a taxa de arbitragem, no valor de R$ 450. Mas que não recebeu qualquer quantia por parte do Treze. Segundo ele, o valor devido é de R$ 80 pela diária e R$ 50 pelo transporte.
“Diárias e passagens eu não recebi. Isso me deixa indignado.
Recebemos um ‘não’ de um clube que se diz profissional, mas não paga uma tarifa de jogo. A gente sai de João Pessoa para Campina Grande para fazer o jogo e não recebe por isso? Esse dinheiro seria para o combustível do carro, para um jantar”, explica.
Bosco diz ainda que a falta de profissionalismo não condiz com o nível de campeonato que se pretende realizar no Estado.
“É inadmissível que isso aconteça. A Federação planeja fazer um campeonato de alto nível, como pretende ser o Paraibano do ano que vem, e essas coisas só atrapalham”, lamenta.
O gerente de futebol do Galo, Josimar Barbosa, disse que nem estava sabendo do caso e que o responsável por dar alguma resposta é o diretor financeiro do clube, Eder Dantas. Mas este também disse não estar a par do fato e transferiu a responsabilidade para outro dirigente do clube, Vitor Porto, com quem a reportagem não conseguiu contato. (Do Globoesporte.com)
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