POLÍTICA
Polícia revela como casal mantinha idoso sequestrado e explorava conta bancária
Homem e mulher sequestraram ex-combatente do Exército e se apresentavam como procuradores da vítima e realizam saques diariamente em sua conta bancária.
Publicado em 04/12/2009 às 7:01
Da Secom-PB
A equipe da delegacia de Roubos e Furtos de João Pessoa chegou na madrugada da quinta-feira (3) ao cárcere privado em que era mantido o ex-combatente José Lacerda, 88 anos, por um casal que já se encontra detido na Central de Polícia.
Os acusados são o carioca Rogério Azevedo Peres, de 44 anos, carioca, residente em Mangabeira, e Lucicléia Limeira de Sousa, de 20 anos, conhecida por ‘Cleinha’, natural do município paraibano de Ibiara.
Rogério Peres portava identidade falsa com o nome de ‘Paulo Rogério Capitulino da Silva’ e estava de posse de revólveres e pistolas, todas importadas e de propriedade da vítima que tinha os portes legalizados, segundo informou ao delegado Francisco Assis da Silva, titular da Roubos e Furtos.
A polícia foi informada pela gerência de um banco que a vítima ao fazer uma transação bancária deixou um bilhete com a expressão “estou sequestrado”. Como se tratava de um cliente antigo e bem relacionado, bilhete foi entregue às autoridades, que determinaram uma investigação para checar a veracidade da informação. A determinação foi repassada à Roubos a Furtos.
Após 15 dias de investigação, o delegado Francisco Assis e os agentes Luís Márcio, Leonardo Bezerra, Milton Luís, Marcos Figueiredo e José Rodrigues prenderam a dupla numa residência alugada para manter a vítima em cárcere privado, caracterizando sequestro mediante extorsão.
Eles foram localizados em um endereço comercial em Mangabeira e o aposentado na casa alugada na comunidade conhecida por ‘Iraque’, em Mangabeira. O ex-combatente estava com uma doméstica que, segundo a polícia, recebia R$ 500 para tomar conta dele. Ele mantinha duas contas bancárias e sempre era levado por Rogério para fazer as transações.
A vítima revelou que já estava prisioneiro da dupla há 70 dias e sofria tortura psicológica e até ameaça de morte sob a mira das armas. A autoridade policial informou que o inquérito está sendo concluído e o casal está detido na Central de Polícia à disposição da Justiça.
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