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ECONOMIA

Reabilitação ao crédito cai

Apesar de ter registrado menos exclusões, o mês de julho também apresentou uma diminuição na quantidade de novos inadimplentes.

Publicado em 02/08/2012 às 6:00


Menos consumidores conseguiram pagar suas dívidas e retirar o nome da 'lista negra' do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC), em João Pessoa. Segundo dados divulgados pela Câmara dos Dirigentes Lojistas da capital (CDL-JP), em julho, houve uma queda de 31,23% no número de reabilitações de crédito. O levantamento aponta que as exclusões registradas em julho do ano passado chegaram a 2,824 mil, número que neste ano foi de apenas 1,942 mil.

Apesar de ter registrado menos exclusões, o mês de julho também apresentou uma diminuição na quantidade de novos inadimplentes. A capital passou das 3,457 mil inclusões no SPC) em julho de 2011 para as 2,969 mil no último mês, o que representou uma queda de 14,11% no número de devedores.

O acumulado de janeiro a julho deste ano também foi marcado por reduções nos percentuais de inclusões e exclusões do SPC.

Nos sete primeiros meses de 2012 foram registradas 12,469 mil reabilitações de crédito, 8,019 mil a menos do que no mesmo período do ano passado, quando o SPC somou 20,488 mil regularizações (redução de 39,13% nas exclusões). Já o índice de inadimplência chegou aos 18,269 mil, 35,39% a menos do que no ano passado, cujos primeiros meses totalizaram 28,276 mil novos devedores.

Comparado a junho, por sua vez, o mês de julho somou um aumento de 22,28% no número de inadimplentes na cidade. O sexto mês do ano teve 2,428 mil inclusões, 541 a menos que no mês passado. Quanto às exclusões, o incremento se repetiu.

Com 1,764 mil reabilitações em junho, a cidade teve um aumento de 60,09% no mês seguinte, com 1,060 exclusões a mais.

O diretor do SPC da CDL-JP, Lindembergh Vieira, acredita que o principal motivo que levou ao baixo percentual de regularizações em João Pessoa no semestre foi a alta taxa de juros dos cartões de crédito e dos cheques especiais, além das compras em prazos longos. “O problema é que o consumidor costuma comprar em diversas parcelas, ficando preso àquela conta durante muito tempo. Os juros estão no patamar de 20%, o que só empobrece a população. É praticamente impossível manter as despesas em dia com essas taxas”, opinou.

A dificuldade que alguns consumidores têm de quitar suas dívidas vem gerando consequências negativas para o comércio local, que deixa de lucrar já que o número de consumidores com capacidade de compra é menor. O segundo semestre do ano, porém, deve reverter a situação, especialmente com a aproximação dos últimos meses. “Os eletrodomésticos de linha branca e os automóveis, por exemplo, que estavam com baixa nas vendas, foram beneficiados pela redução do IPI. O que deve marcar este semestre são as promoções, que, provavelmente, serão mais um estímulo para o consumo. Os setores de comércio e serviços representam mais de 85% da economia da Paraíba, por isso qualquer queda nas vendas afeta muito o desenvolvimento do Estado”, comentou Vieira.

Para o economista Cláudio Rocha, os consumidores que já estão inadimplentes precisam mudar algumas atitudes para limpar o nome. “É importante cortar as despesas. Parar de usar o cartão de crédito e diminuir gastos supérfluos são os cuidados principais. Além disso, o consumidor pode tentar negociar com a empresa, acertando uma redução nos juros ou alongamento dos prazos para ter parcelas mais baratas”, aconselhou.

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Jornal da Paraíba

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