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VIDA URBANA

Hemocentro não atinge meta

Meta de 50 mil bolsas, quantidade necessária para atender demanda gerada pelas festas de fim de ano não foi atingida pelo órgão.

Publicado em 26/11/2013 às 6:00 | Atualizado em 04/05/2023 às 12:25

O Hemocentro da Paraíba já sente os efeitos do período de festas e férias de fim de ano e ainda não conseguiu atingir a meta de 50 mil bolsas de sangue, quantidade necessária para atender à demanda anual no Estado, segundo a coordenação do centro. De 1º de janeiro até a manhã de ontem, o órgão recebeu 42.671 doações. Deste total, apenas 12.259 estavam aptas aos receptores.

Os dados são da coordenadoria do Hemocentro da Paraíba e conforme o órgão, do total recolhido, as 30.412 bolsas foram descartadas por apresentarem sorologia positiva para Aids, hepatites e doença de Chagas, por exemplo.

De acordo com Divani Cabral, coordenadora de ações estratégias do Hemocentro da Paraíba, o número é considerado muito baixo para suprir a demanda de urgência dos 40 hospitais atendidos pelo serviço no Estado.

Enquanto em meses “normais” se alcança uma média de pelo menos 200 doações diárias, o que gera ao final do mês, cerca de 4 mil doações, em dezembro esse número chega a menos de 100 por dia, enquanto a demanda sobe consideravelmente. Segundo os números do Hemocentro, do total de doações, 77% (32.856) foram feitas por homens e apenas 9.815 foram feitas por mulheres.

De acordo com Divani Cabral, as estatísticas de dezembro de cerca de 2 mil doadores ao mês, costuma se repetir em janeiro, em uma redução que chega a 50% referente aos demais meses do ano.

O grande problema na redução das doações no período de fim de ano e em janeiro, época de férias, é que a demanda de sangue nos hospitais cresce consideravelmente, sendo necessária a coleta de ao menos 250 bolsas de sangue por dia.

“Os meses de dezembro e janeiro registram as maiores reduções nas doações por se tratar de meses de festas e viagens, quando por motivos particulares, nossos doadores deixam de comparecer. Desse modo, as doações não são constantes, mas a demanda é crescente e diária, o que nos deixa bastante preocupados, afinal não há como enfrentar um período com esse estoque”, explicou Divani Cabral, ressaltando que a campanha este ano, será lançada na primeira semana de dezembro e deve percorrer os diferentes bairros da capital para fazer a coleta.

Segundo ela, a carência maior em doações de sangue é dos tipos sanguíneos com fator negativo, em especial o tipo sanguíneo AB, presente em apenas 3% da população.

PROCEDIMENTOS

Antes da realização da doação, o Hemocentro da Paraíba realiza uma triagem que obedece a normas nacionais do Ministério da Saúde. O alto rigor no cumprimento dessas normas visa oferecer segurança e proteção ao receptor e ao doador. É servido um lanche antes e depois da coleta sanguínea. Estão vetadas as doações se as pessoas estiverem com anemia, hipertensão ou hipotensão arterial no teste realizado imediatamente antes da doação. (Colaborou Katiana Ramos)

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Jornal da Paraíba

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