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COTIDIANO

Moradores de Queimadas fazem protesto por justiça

Estudantes, professores e funcionários de escolas se mobilizaram em homenagem às mulheres vítimas de estupros e assassinadas durante uma festa.

Publicado em 18/02/2012 às 7:56

Na fachada da escola, a faixa diz: “Sejam bem vindos a este ano letivo de 2012”. Mas o clima na tarde de ontem não era propício para o início das aulas dos mais de 300 alunos da Escola Francisco Ernesto do Rêgo, na cidade de Queimadas, no Agreste do Estado.

A rotina da escola foi modificada, porque os estudantes, professores e funcionários se uniram para realizarem uma mobilização em homenagem às vítimas da ‘barbárie de Queimadas’, a professora Isabela e a recepcionista Michele .

Em frente à escola, eles se reuniram e oraram pelas famílias do município e das vítimas, mas ao mesmo tempo pediram justiça e um basta na violência que tem aterrorizado muitos moradores na região.

A irmã de uma das vítimas, a professora Isabela Frazão, lembrou que “esse movimento, assim como outros que a sociedade de Queimadas fará, é por justiça e por uma sociedade com mais segurança e menos violência. Porque não podemos conviver com ações desse tipo e ficarmos conformados. Que nunca mais nenhuma família passe pelo o que nós estamos passando”, assinalou.

Com cartazes e músicas, os estudantes recordaram os ensinamentos da professora. “Ela era uma pessoa muito querida por todos nós. Todos daqui ainda estão muito abalados”, assinalou o estudante Adriano da Silva.

A diretora da escola, Maria do Socorro Miranda, observou que a vítima se destacava por ser “batalhadora”. “Ela ensinava aqui, em uma outra escola particular e se desdobrava para cumprir sua missão e ajudar à família. Era uma pessoa de um comportamento exemplar e que muito fará falta para nossa escola e para a cidade.

Nosso município parou, desde essa tragédia”, relatou Maria do Socorro.

No próximo dia 12 de março os estudantes e professores da escola farão uma nova mobilização, em alusão às vítimas da tragédia. É que completará 30 dias do estupro coletivo que terminou com as duas vítimas. A data também será oficializada como “Dia municipal da mulher queimadense”.

Imagem

Jornal da Paraíba

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