COTIDIANO
DML descarta violência contra flanelinha, mas não o ato sexual
Flanelinha diz que não foi agredida porque consentiu com o ato por medo. Policiais acusados já foram identificados e afastados do serviço, mas negam acusações.
Publicado em 28/08/2009 às 8:04
Da Redação
do Jornal da Paraíba
Uma flanelinha, que trabalhava na praia do Cabo Branco, na madrugada de ontem, acusou dois policiais militares de terem a estuprado. C.C.J.S., de 20 anos, prestou depoimento na manhã de ontem, na Delegacia da Mulher e, logo em seguida, foi submetida a exame de conjunção carnal no Departamento de Medicina Legal (DML). O laudo que saiu na noite de ontem, confirmou que houve relação sexual, porém sem violência física.
O caso de C.C.J.S. foi registrado na 3ª Delegacia Distrital (DD), localizada na avenida Epitácio Pessoa, pela delegada plantonista, Viviane Magalhães, que solicitou o exame de conjunção carnal e depois encaminhou o caso à Delegacia da Mulher. Lá, a flanelinha prestou depoimento à delegada adjunta, Ana Karina.
“Ela falou que tinha emprestado o celular para um amigo. Policiais o abordaram e suspeitaram que o aparelho teria sido roubado. O rapaz então, falou que o telefone era da flanelinha e os policiais foram à praia do Cabo Branco, falar com ela”, disse Ana Karina.
Ainda segundo a delegada, diante dos questionamentos dos policiais, C.C.J.S. teria pedido para inserir crédito no celular e comprovar que o aparelho era realmente dela. Os policiais, que já foram identificados, disseram que a levaram de volta para a praia, mas ela disse que teria sido vítima de abuso sexual”, acrescentou.
Ana Karina também informou que, no depoimento, C.C.J.S. assegurou que não tinha sofrido violência física e que apenas consentiu em fazer sexo com dois dos policiais da guarnição, por medo.
Ainda no início da manhã de ontem, o corpo do flanelinha Joalisson Laurentino dos Santos, de 19 anos, foi encontrado no bairro Costa e Silva, na capital. Familiares dele informaram que o jovem tinha sido visto pela última vez ao lado de policiais militares. O comando da Polícia Militar da Paraíba (PMPB) investigará a equipe.
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