Vítimas ainda têm medo de fazer denúncias contra agressores

Entre os exemplos da aproximação das mulheres com o tráfico, estão os assassinatos de duas ex-presidiárias registrados na última semana do ano. Josilene Ferreira da Costa, de 27 anos, foi executada com vários tiros diante dos dois filhos em 29 de dezembro na cidade de Santa Rita, região metropolitana de João Pessoa. A polícia encontrou maconha e crack no fogão da casa onde ela morava com as crianças.

No dia anterior, Elizângela Trigueiro Urtiga, de 29 anos, foi encontrada morta em Pombal, no Sertão, com marcas de tiros.

Um dos acusados foi preso em Patos e confessou que cometeu o crime porque foi cobrar uma dívida de drogas.

Antes de morrer, a vítima fez uma denúncia na polícia e os bandidos foram perseguidos, mas conseguiram fugir e decidiram se vingar da denúncia matando a ex-presidiária.

CASAS DE ABRIGO
Uma das lutas do movimento de defesa das mulheres é a construção de Casas Abrigo no interior do Estado que atendam os padrões determinados pelo governo federal.

João Pessoa e Campina Grande já possuem abrigos deste tipo.

“O funcionamento correto da Casa Abrigo vai contribuir na redução dos assassinatos pois vai oferecer proteção à mulher que esteja sofrendo qualquer tipo de violência, não apenas a doméstica.

O medo de muitas vítimas em denunciar os agressores, muitos deles maridos, pais e outros familiares, também contribui para o aumento da violência, assim como o desrespeito à Lei Maria da Penha.