VIDA URBANA
Moradores de áreas ribeirinhas convivem com insalubridade
Casas localizadas próximas a rios inundam durante chuvas e levam probelmas a população de João Pessoa
Publicado em 10/06/2012 às 8:00
Falta assistência para quem mora próximo à maré e passa o ano inteiro vivendo em condições insalubres. Quando chove, a situação que era ruim consegue ficar pior. Muitas vezes a maré sobe e os humildes casebres são invadidos pela água.
Joana Maria da Conceição (foto), 56 anos, mora em um casebre de dois cômodos (sala e cozinha) com uma filha e três netos.
Depois que seu benefício do Bolsa Família, do governo federal, foi bloqueado, ela teve de pedir dinheiro e comida pelas ruas.
Problemas de saúde a impossibilitam de trabalhar. “É o jeito, não tenho condições de trabalhar, infelizmente”, afirmou.
O maior desejo de Joana é morar longe do rio. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 7.835 pessoas vivem em domicílios construídos em locais irregulares em Bayeux. A falta de saneamento básico aflige várias famílias no município. Esgoto a céu aberto, por exemplo, é realidade em vários bairros, assim como a falta de calçamento e da coleta de lixo.
Os problemas da cidade não se restringem à falta de estrutura funcional. Praças e outras opções de lazer praticamente inexistem em Bayeux. Dentre os poucos está o Parque do Caranguejo, onde é realizada a festa em homenagem ao crustáceo, por conta da área de manguezais que facilita sua procriação. No parque, apenas uma réplica do caranguejo. Além disso, só buracos no piso. A população lamenta o abandono das praças.
A área dos manguezais está sendo estudada pelo Conselho de Desenvolvimento Ambiental do Ministério do Meio Ambiente.
Segundo Verônica Silva Santos, bióloga da Superintendência de Administração do Meio Ambiente (Sudema), foi feito um diagnóstico sobre a área. A Sudema aguarda o parecer do Ministério Público para marcar uma audiência e discutir os problemas do mangue, que é a ocupação indevida do solo.
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