Falta água na zona rural de Campina

Há mais de três meses sem ver sair uma gota de água das torneiras da sua casa, Andréa Figueiredo, 41 anos, que mora no sítio Capim Grande, zona rural de Campina Grande, já se habituou a carregar baldes de água retirada de uma cisterna utilizada por ela e mais de dez vizinhos. A situação da agricultora se assemelha a cerca de cinco mil pessoas que moram em áreas com cobertura deficitária do sistema de água de responsabilidade da Companhia de Água e Esgotos da Paraíba (Cagepa). Outros só têm acesso a água de carro-pipa, mas o pagamento está atrasado e os moradores estão sem água.

Os locais mais afetados pela ausência da água são as áreas do distrito de São José da Mata, sítio Lucas, Jardim Verdejante, Estreito, Ligeiro e Jenipapo, onde muitos moradores recebem a conta dos serviços de saneamento básico todos os meses, mas não utilizam os serviços pela ausência da água.

O deputado estadual Manoel Ludgério participou ontem pela manhã de uma reunião com o setor de operações da Cagepa para traçar um plano emergencial para melhorar o atendimento nas áreas onde a água demora a chegar como também nos locais onde o abastecimento se dá apenas por carro-pipa.

De acordo com Ronaldo Meneses, diretor de Operações da Cagepa, será feito um mapeamento de toda a área para que sejam indicados os locais onde há problemas no abastecimento.

Segundo ele, após esse primeiro passo, um programa de rodízio será colocado em prática para garantir que a água chegue regularmente em todas as áreas.

Sobre o prazo para o início desse mapeamento e melhoramento do abastecimento d'água, o diretor disse que faz parte do plano de operações não divulgar para evitar a perda do elemento surpresa da fiscalização. Já a Secretaria de Agricultura de Campina Grande, através da assessoria, apontou que desenvolve um projeto que vai garantir a distribuição de água por carros-pipa nas áreas mais afastadas da zona rural.