Patos tem Virada Cultural

Enquanto, na capital, a Fundação Cultural de João Pessoa (Funjope) reuniu ontem seu contingente financeiro para discutir a viabilidade da Virada Cultural na cidade, Patos, no Sertão, organiza a primeira edição do evento a partir desta terça-feira, com o apoio do Governo do Estado.

Segundo Luciano Medeiros, organizador da maratona festiva, a 1ª Virada Cultural de Patos começa hoje, às 18h e termina amanhã, às 6h, após 12h de programação cultural na Praça Getúlio Vargas. O dia escolhido foi em função do feriado municipal que comemora o aniversário dos 109 anos da cidade situada a 307 quilômetros de João Pessoa.

"A Virada Cultural está sendo muito bem divulgada e muito bem aceita entre as camadas da população", conta Luciano Medeiros.

"Apesar do interesse de atrair o público de Patos e da região, o principal foco do evento, este ano, é fixá-lo no calendário municipal".

A abertura das atividades culturais será às 18h com a celebração de uma tradição há muito abandonada na Rainha do Sertão: a 'Hora do Ângelus', quando uma crônica com narração do Padre Assis (1908-1987) será transmitida na Rádio Espinharas, veículo que o sacerdote dirigiu em finais da década de 1960.

Uma das mais antigas da Paraíba, a Filarmônica 26 de julho apresenta-se ao lado do quarteto JP Sax às 18h30. Logo depois do concerto, às 20h, o Grupo Família Mambembe Los Iranzi circula a praça com o seu espetáculo circense. O grupo surgiu em 1997, resultante da união dos palhaços Mamadeira e Chumbinho, pais de Jujuba, Espoleta e Conchinha, pimpolhos que levam arte mambembe a comunidades carentes.

O Quinteto da Paraíba, um dos destaques da agenda, apresenta-se às 21h30, pouco antes da Tribo Éthnos, que encerra a noite às 23h. Entrando a madrugada, às 2h, a banda Romanos 12 mostra seu pop rock gospel. A animação toma conta da praça em um arrastão com a Orquestra de Frevos, às 4h, e com a alvorada da Banda da Polícia Militar, às 6h.