Mínimo vai injetar R$ 47 bi na economia

O aumento do salário mínimo vai injetar R$ 47 bilhões na economia brasileira, segundo cálculos do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). O órgão divulgou ontem uma nota técnica sobre os impactos na economia do novo valor do piso salarial nacional, que passa a vigorar no dia 1º de janeiro, diz a Agência Brasil.

Na Paraíba, segundo o Dieese, o salário mínimo deverá injetar mais de R$ 839,4 milhões ao longo de 2012. O valor corresponde ao pagamento de R$ 77,00 a mais a cada um dos 838,5 mil de pessoas que têm o mínimo como valor de referência, enuquanto no país, mais de 48 milhões de pessoas têm sua renda vinculada ao valor do salário mínimo e, portanto, serão diretamente beneficiadas com o aumento. O governo também passará a arrecadar R$ 22,9 bilhões a mais devido ao aumento do consumo causado pelo reajuste.

No ano que vem, o salário mínimo passa dos atuais R$ 545,00 para R$ 622,00. O aumento de R$ 77,00 representa um acréscimo de 14,13% no piso nacional. Descontada a inflação estimada para 2011, o aumento real do salário mínimo deve ser de 9,2%.

Com o valor de R$ 622,00, a vigorar em janeiro próximo, o piso acumula um ganho real de 2002 a 2012 de 65,96%, quando o valor do Mínimo era de R$ 200,00.

Os beneficiários do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) representam, de acordo com o levantamento, a maior parte dos brasileiros diretamente beneficiados com o aumento do piso salarial. Das 48 milhões de pessoas que têm sua renda vinculada ao valor do salário mínimo, 19,7 milhões (41%) são aposentados ou pensionistas. O grande número de beneficiários faz com que cada R$ 1 de aumento no salário mínimo signifique mais R$ 257 milhões no gasto anual da Previdência Social.

Como no dia 1º de janeiro o piso nacional passa para R$ 622,00, o custo anual deste aumento para o INSS será R$ 19,8 bilhões.