ECONOMIA
PB reduz investidores na Bolsa
Com 2.678 investidores movimentando cerca de R$ 194,1 milhões a Paraíba ocupava o 4º lugar no ranking, que agora pertence ao RN.
Publicado em 20/01/2012 às 6:30
A forte queda da Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) que chegou a 18,1% em 2011, terceiro pior desempenho desde que o Brasil implantou o Plano Real, em 1994 desanimou os paraibanos que investiam em ações. O reflexo foi uma queda de 3% (84) no número de investidores em relação ao ano anterior. No final de 2010 existiam 2.762 paraibanos investindo no mercado de renda variável, mas em dezembro passado esse número caiu para 2.678, movimentando R$ 194,1 milhões. Esse resultado levou o Estado a perder a quarta posição no ranking nordestino para o Rio Grande do Norte.
O consultor Eduardo Malheiros, da Futura Investimentos, explicou que a redução no número de investidores e o desempenho ruim da Bovespa foram motivados pelo impasse na zona do euro. “Em 2011, o mercado internacional foi instável e não há previsão de alta, uma vez que os grandes investidores globais não estão dispostos a se expor a riscos. Assim, a orientação é para que os pequenos também preservem seus portfólios e evite perdas”, disse.
O recuo no número de investidores do Estado é um retrocesso quando considerado que entre os anos de 2005 e 2010 esse número cresceu 667%, conforme dados da BM&F Bovespa. Em julho de 2005 havia apenas 361 paraibanos que aplicavam no mercado de ações e em dezembro de 2010, esse número saltou para 2,7 mil.
Segundo Eduardo Malheiros, 2012 será bastante delicado para os investidores. "É preciso cautela, no entanto, para aqueles que possuem recursos disponíveis para investimento a longo prazo (mínimo de 24 meses). Seria interessante adquirir algumas ações neste começo de ano. Os investimentos em operações de renda variável continuam sendo os mais atrativos e o conselho é que se o investidor dispõe de 35% de seus recursos para aquisição, ele invista e reduza para 20% e quando a situação se resolver e a alta vier forte, ele resgate esse recurso nas melhores condições”, esclareceu.
Para o consultor em mercado financeiro Rodrigo Guedes, da Sir Investimentos, as empresas mais atrativas para investimento neste momento são aquelas relacionadas ao mercado de consumo interno, a exemplos de Magazine Luiza e Lojas Americanas e as relativas ao mercado de crédito em especial ao Banco do Brasil e Itaú Unibanco. “Ações de empresas exportadoras como Petrobras e Vale correm um maior risco de oscilações por serem mais sensíveis a crises externas, em contrapartida as que atuam no mercado interno e são conhecidas do público, e os bancos que possuem solidez invejável são excelentes opções”, garantiu.
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