SAÚDE
A euforia pela Barbie pode esconder transtornos mentais
Publicado em 22/07/2023 às 12:17 | Atualizado em 05/02/2024 às 11:28
Euforia por Barbie pode esconder transtornos mentais. Quer saber por quê?
Essa semana o lançamento do filme “Barbie¨ em circuito nacional fez o país viver uma explosão rosa. Coisa de criança? De jeito nenhum! Não é difícil encontrar homens e mulheres aderindo à moda do momento. Não é de hoje que a Barbie deixou de ser só uma simples boneca. Ela tem feito, ou desfeito, a cabeça de muita gente.
Foto: Divulgação/Warner
Um pouco de Nostalgia
No caso dos adultos, tem um pouco de nostalgia e isso não faz mal. Mas quando se torna uma obsessão, sai do que poderia ser leve e divertido e se transforma em uma fuga da realidade. Segundo especialistas, muita gente parece se fixar na infância e esticar a adolescência como forma de fugir dos problemas que a vida adulta traz.
Quem não queria ter a vida da Barbie que não muda desde 1959?
Ter corpo escultural, ser multitarefas. Barbie consegue ser médica, jogadora de tênis, chef de cozinha, enfermeira, salva-vidas e até boxeadora. Ela também percorre o mundo (sonho de muita gente): tem a Barbie australiana, americana… No amor, sua história com Ken é marcada por altos e baixos (vida real?). De amor à primeira vista em 1961, ao término da relação em 2004, até o namoro com o surfista plastificado Blaine. Apesar de rumores em 2010, o casal só foi oficializado novamente junto em 2011. Já são 55 anos juntos!
Todo mundo vírgula... a Barbie só tem pontos fortes
Eu sei que todo mundo tem pontos fortes e fracos – todo mundo vírgula, a Barbie parece que só tem pontos fortes. Qual humano não queria ser assim? E não são só as mulheres, têm muitos homens que embarcam nessa obsessão. Sabemos de uma série de histórias de pessoas que investiram uma grana pesada para ficarem semelhantes à Barbie ou Ken. Uma insatisfação com a realidade ou dificuldade de lidar com as frustrações do dia-a-dia.
Ken Humano brasileiro morre precocemente
No Brasil, o modelo Celso Santebañes, é exemplo dessa necessidade. Mudou o corpo, a fisionomia e se transformou no Ken humano. O jovem morreu precocemente em 2015 vítima de câncer.Uma paixão exagerada dos ídolos da infância ou mesmo um excesso de vaidade esconde, muitas vezes, um transtorno mental.
Tudo ser questão de transtornos mentais
O Transtorno Dismórfico Corporal (TDC) é antigo, foi descrito em 1886. O TDC faz com que a pessoa tenha uma visão distorcida do próprio corpo ou imagem e vivem em função de buscar a perfeição. Os pacientes têm baixa auto estima e podem trazer, acompanhados do TDC, outros transtornos como depressão, ansiedade, anorexia e até bulimia. Quem sofre com o transtorno tende a buscar em excesso cirurgia plástica, dermatologia, esteticistas e odontólogos para alterar sua imagem. Essa busca acaba se tornando obsessiva e, muitas vezes, são esses especialistas que desconfiam que o paciente precisa de ajuda. E é bastante comum assistirmos casos de pessoas que chegam a perder a vida em busca de uma perfeição inatingível. Isso acontece quando encontra no caminho profissionais que não são comprometidos com a saúde e muito menos com a ética, querem dinheiro, oferecem “falsos resultados”, com riscos à saúde e a própria vida.
Problema que tem cura
É importante que as pessoas busquem ajuda de uma equipe multidisciplinar séria que foque nas diferentes vulnerabilidades. Psiquiatra e psicólogos comprometidos em fazer o diagnóstico e ajudar no tratamento.
Nesse momento é importante fugir do rosa e entender que aquele mundo de faz de conta e da perfeição, em todos os sentidos, são fantasia. O mundo real é feito de vários tons, e em alguns dias, de uma vida comum, é o cinza que prevalece.
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