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CADERNO ANIMAL

Viagens de avião e pets: confira dicas importantes

O que é preciso fazer para minimizar os riscos de uma viagem de avião para um cãozinho?

Publicado em 23/09/2021 às 8:27 | Atualizado em 19/10/2021 às 23:01


                                        
                                            Viagens de avião e pets: confira dicas importantes
Entenda como funciona a guarda de animais - Foto: Divulgação

Quando vi a notícia do cãozinho que faleceu após uma viagem de avião, o coração apertou; lembrei do medo que tinha antes de Priya chegar e toda a ansiedade que me consumiu na época.

Priya chegou há três anos atrás com 80 dias, super tranquila, feliz e a viagem de avião pareceu não ser traumática.

Meses depois, eu já mais aliviada com a viagem de Priya, recebi Dom - que chegou com quase quatro meses e também fez boa viagem, sendo bem recebido no aeroporto de João Pessoa.

Mas o que é preciso fazer para minimizar os riscos de uma viagem de avião para um cãozinho?

Verificar a saúde física do animal

Para viagens nacionais, é necessário um atestado de saúde fornecido por um médico veterinário com validade de 10 dias da data da emissão e idade mínima de 60 dias de vida. Cães com mais de três meses deverão estar vacinados contra raiva e, no seu cartão de vacinas, deve constar nome da vacina, lote, laboratório, assinatura e carimbo do médico veterinário (vacinas de campanha, sem essas informações, não serão aceitas).

Para viagens internacionais o processo é um pouco mais trabalhoso, é preciso verificar as regras de cada país, mas o básico é um Certificado Veterinário Internacional (CVI) - emitido pelo Ministério da Agricultura, microchip com os dados do pet e tutor, vacina antirrábica e exame sorológico para detecção da raiva - o Uruguai também exige sorologia para detecção de leishmaniose.

Alguns países possuem um período de quarentena na chegada do animal.

A sedação não é recomendada nas viagens nacionais e nem nas internacionais.

A caixa de transporte deve ter os requisitos exigidos pela IATA (Associação Internacional de Transportes Aéreos); é preciso observar os materiais permitidos, o tamanho recomendado para cada bichinho e se tem ventilação apropriada.

Algumas raças de cães e de gatos não são transportadas pelas companhias aéreas devido às dificuldades respiratórias que estes podem apresentar.

Cuidar da saúde emocional do bichinho

Uma etapa muito importante a ser cumprida é o treino da caixa.

Imagina que o animalzinho vai passar um tempo em uma caixa "fechada" em um ambiente desconhecido, com cheiros desconhecidos e barulhos que podem ser assustadores.

Ele, no mínimo, precisa se sentir confortável e seguro dentro daquele espaço.

Já imaginou ficar em desespero durante a viagem por não saber estar na caixa de transporte?

Existem várias estratégias simples que podem ser feitas no mínimo 15 dias antes da viagem como fornecer a alimentação pro seu cão na caixa, deixar a caixa aberta com brinquedo ou petiscos dentro para ele ir se acostumando, fazer pequenos passeios com ele na caixa associando a coisas boas (passeio pro banho ou veterinário, não vale!).

Por fim, arrume tudo da viagem com antecedência para que no dia, parte do estresse possa ser evitado (eles sentem muito as nossas mudanças de humor e sentimentos).

Alimente-o com pelo menos 4 horas antes do voo, ofereça bastante água e brinque bastante para que ele canse e possa viajar relaxado.

Chegue no aeroporto com antecedência, dê mais um passeio para as necessidades e esteja atento ao horário do check-in na companhia aérea escolhida.

No desembarque, assim que possível retire o bichinho da caixa, tranquilize-o se ele estiver estressado e ofereça água.

Para alguns, a viagem pode ser muito boa e para outros, nem tanto.

Esteja atento às orientações de cada companhia a respeito do embarque e desembarque, certifique-se de que o seu pet está com a saúde perfeita para viajar, mantenha suas vacinas e vermífugação em dia e boa viagem!

Imagem ilustrativa da imagem Viagens de avião e pets: confira dicas importantes

Miguel Cavalcanti

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