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BICHOS

Profissionais dão dicas sobre como enfrentar a menopausa e seus sintomas

Para algumas mulheres, o período de transição – conhecido como climatério – pode acarretar profundas mudanças.

Publicado em 21/02/2016 às 11:06

É uma fase que toda mulher passou ou vai passar. Não tem jeito. Lá pelos 45, 50 anos, os sintomas podem ou não denunciar a chegada da menopausa, que se explica pela perda da função ovariana em produzir seus principais hormônios – estrógeno e progesterona. Caso ocorra antes dos 40 anos, é considerada precoce.

A menopausa pode ocorrer de forma espontânea, determinada geneticamente, ou após procedimentos cirúrgicos que envolvem a retirada dos ovários, segundo explicou o médico ginecologista Melisandro Almeida de Lacerda.
Para algumas mulheres, o período de transição – conhecido como climatério – pode acarretar profundas mudanças no corpo e no comportamento habitual.
São comuns sintomas como irregularidade menstrual (principalmente ausência da menstruação cíclica mensal), sangramento menstrual prolongado, fogacho (ondas de calor), diminuição da lubrificação vaginal, insônia e redução da libido. A menopausa é reconhecida depois de passados 12 meses de sua ocorrência.
A dona de casa Maria Lúcia Gomes percebeu algo diferente por volta dos 48 anos. Segundo ela, a menstruação vinha um mês e passava três ou quatro sem vir. Além disso, Lúcia passou a reclamar de muito calor, mesmo em dias com temperatura mais amena. “No início pensei que fosse coisa normal, mas o calor começou a se intensificar. Foi quando resolvi procurar o ginecologista e descobri que estava na menopausa”, revelou.
De acordo com Melisandro Lacerda, nem todas as mulheres têm sintomas fortes como Lúcia teve. “Há quem consiga passar pelo período da menopausa sem necessariamente apresentar grandes sintomas. Isso vai depender da herança genética e dos hábitos de vida. Quem tem hábitos alimentares saudáveis e a prática de esportes, tende a sofrer menos com os sintomas nesse período”, explicou o médico. A alimentação saudável, inclusive, torna-se crucial nesse momento de transição.
Outro esclarecimento feito pelo ginecologista é que nem todas as mulheres precisam de tratamento, mas apenas as que têm sintomas mais fortes. A reposição hormonal, por exemplo, que antes era recomendada para todas as mulheres, hoje fica reservada àquelas com sintomas intensos e que não apresentem risco de câncer ginecológico. A reposição de testosterona, por sua vez, pode ser indicada para as que têm diminuição da libido.
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Jornal da Paraíba

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