Relacionamento abusivo: veja serviços para mulheres vítimas de violência na Paraíba

Confira abaixo como conseguir apoio psicológico e onde denunciar crimes contra às mulheres.

Delegacia da Mulher / Foto: Divulgação/Secom-PB

Após se tornarem públicos os vídeos em que o médico João Paulo Casado aparece agredindo a ex-companheira, em João Pessoa, o debate sobre violência contra a mulher aumentou na Paraíba. Mais comum do que se imagina, relacionamentos tóxicos podem ocasionar agressões físicas e em casos mais graves, um feminicídio. Pensando nisso, o Jornal da Paraíba preparou uma lista de locais onde mulheres podem procurar ajuda (confira abaixo).

Centros de Referências

Nas cidades de João Pessoa e Campina Grande, vítimas podem procurar os centros de referência para acolhimento imediato e orientações.

O Centro de Referência da Mulher Ednalda Bezerra é municipal e fica no Centro de João Pessoa. O espaço visa prestar acolhimento e encaminhamento de mulheres cis, trans e lésbicas em situação de violência. O CRMEB atende de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h, na rua Afonso Campos, número 11. Por telefone, vítimas podem procurar ajuda pelo 0800 283 3883.

O Centro conta com equipe multiprofissional, composta por psicólogas, assistentes sociais, advogadas, arte educadoras e terapeutas holísticas. 

Já o Centro Estadual de Referência da Mulher fica localizado em Campina Grande e recebe mulheres por demanda espontânea, ou seja, a vítima que procurar o centro será atendida de acordo com o caso. Dessa forma, ela pode ser encaminhada para uma psicóloga ou advogada, a depender da situação. Informações sobre o atendimento podem ser obtidas na Rua Pedro I, 558, no bairro São José e no telefone 3342 9129.

Relacionamento abusivo: veja serviços para mulheres vítimas de violência na Paraíba
Foto: Agência Brasil

Outros 67 pontos de apoio estão disponibilizados em cidades espalhadas pela Paraíba. Confira a lista completa aqui.

O estado também criou o Fórum de Gestoras de Políticas para Mulheres, que apoia as prefeituras de órgãos locais. Os fóruns já estão presentes em 88 cidades com organismos próprios, como coordenadorias da mulher criada nas prefeituras.

 Denúncias 

Em casos de agressões, ameaças, perseguições e outros crimes contra à mulher, os canais de atendimento policial não presenciais na Paraíba são:

  • 197 (Disque Denúncia da Polícia Civil)
  • 180 (Central de Atendimento à Mulher)
  • 190 (Disque Denúncia da Polícia Militar – em casos de emergência)

Além disso, o aplicativo SOS Mulher PB está disponível para celulares com sistemas operacionais Android e IOS e tem diversos recursos, como a denúncia via telefone pelo 180, por formulário e e-mail. As informações são enviadas diretamente para o Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos, que fica encarregado de providenciar as investigações.

Os endereços das 15 delegacias especializadas em violência contra à mulher estão disponíveis neste link. A relação também mostra a localização de toda a rede de serviços de enfrentamento e atendimento às mulheres em situação de violência sexual, doméstica e familiar na Paraíba.

Serviços de atendimento às mulheres

Os serviços especializados para este tipo de demanda na Paraíba incluem: a Delegacia Especializada no Atendimento às Mulheres; os centro de referência; casa-abrigo; hospitais e maternidades de referência; juizados; defensorias e varas especializadas.

No total de serviços especializados, a Paraíba possui:

  • Sete Centros de Referência da Mulher – um Estadual (Campina Grande) e um intermunicipal (Sumé).
  • 14 delegacias especializadas de atendimento às mulheres e um núcleo;
  • Dois juizados especializados;
  • Duas promotorias especializadas e uma defensoria especializada,
  • Uma casa-abrigo estadual (João Pessoa);
  • Uma Patrulha Integrada Maria da Penha (estadual);
  • Uma Ronda Maria da Penha (municipal/João Pessoa)
  • 13 serviços de referência para casos de violência sexual (municipais/regionais) e um estadual.

No caso de serviços não-especializados, as mulheres podem procurar o Centro de Referência Especializado da Assistência Social (CREAS); Centro de Referência da Assistência Social (CRAS); unidades de saúde; hospitais; CAPS e Organismos de Políticas para as Mulheres.

Endereços, telefones e outras formas de contato desses serviços podem ser acessados no Guia da rede de enfrentamento e atendimento à violência doméstica e sexual, da Secretaria Estadual da Mulher e da Diversidade Humana.

O guia também lista Organizações Não Governamentais (ONGS) e grupos de mulheres feministas que podem ajudar em casos de relacionamentos abusivos e violência.