Uma trabalhadora doméstica, de 57 anos, foi resgatada após passar 39 anos em situação análoga à escravidão, em Campina Grande. O resgate da vítima aconteceu na quarta-feira (3), durante uma operação deflagrada pelo Grupo Especial de Fiscalização Móvel (GEFM) em parceria com o Ministério Público do Trabalho (MPF).
A auditora-fiscal do trabalho Lidiane Barros contou que a mulher foi tirada, aos 18 anos, da cidade de origem dela pelo empregador e família dele.
“Cuidava dos patrões idosos, limpava a casa, arrumava e cozinhava, além dos cuidados com a matriarca da família que ficou acamada e com dificuldades de locomoção. Ainda, a empregada vivia um processo de coação psicológica que a levava a aceitar as condições indignas de trabalho com afirmações de que ela teria responsabilidades com os idosos por ser uma pessoa considerada da família”, descreveu a auditora.
A carga de trabalho da vítima ainda teria aumentado há pelo menos cinco anos, quando ela passou a ser responsabilizada pelo cuidado de cerca de 100 cães adotados pelos patrões. Essas atividades eram feitas todos os dias da semana, inclusive aos domingos e feriados.
A jornada da trabalhadora iniciava por volta das 7h e se encerrava após a meia-noite por causa do alto número de cachorros e da obrigação de limpar toda a casa e espaços destinados ao abrigo dos animais, além de alimentá-los.
As atividades diárias também envolviam limpar e lavar os canis, limpar fezes e urinas dos cachorros tanto na parte externa, quanto dentro da casa.
Também alertamos o Ministério Público de Contas do Estado sobre a situação dos policiais militares paraibanos que estão ADIDOS, pois já contribuíram por mais de 30 anos e ainda estão sendo escalados nas rádios patrulhas (RPs). Então pedimos às autoridades que também verificassem essa situação dos policiais cansados e doentes que há tempo deveriam estar reformados (aposentados), por isso – que a sociedade reclama da lentidão nas ocorrências!