1º amor pode ser para sempre

“Não imaginei que aquele rapaz que estava na porta da sala da escola no primeiro dia de aula pudesse se tornar meu marido e companheiro de uma vida”, declara Joselma Dantas que aos 16 anos casou-se com seu primeiro namorado, Marcílio Dantas. A união rendeu dois frutos, Camila e Caio Felipe, e já dura 11 anos e comprova que é possível investir em uma relação séria de amor, mesmo que ele tenha sido o primeiro homem a despertar o mais forte dos sentimentos.

Hoje, aos 27 anos, Joselma diz não se arrepender de ter casado cedo e com o primeiro namorado, mas confessa que para iniciar uma vida a dois, não se deve considerar somente o sentimento. “Eu casei consciente, estava certa do que sentia por ele. Mas com a visão que tenho hoje, não posso dizer que se possível não faria tudo de novo, pois graças a Deus ele é um bom marido, mas se pudesse voltar no tempo, eu teria um pouco mais de calma para podermos nos estruturar melhor, no que diz respeito a casa e emprego, por exemplo”, relata.

Marcílio concorda que a falta de estrutura pode comprometer uma relação, caso os dois não tenham certeza do que sentem ou não estejam certos de que a vida tenha ganhado um outro sentido e garante que também não há arrependimento. “Ela sempre esteve ao meu lado e juntos fomos batalhando na vida e conquistando nossas coisas. Não me arrependo de ter casado cedo, sou feliz com nossa união”, completa.

Segundo Joselma Dantas, a paquera começou como coisa de adolescente na escola, mas foi ganhando força com o passar do tempo, até o dia em que Marcílio confessou ter 'trapaceado' um sorteio de 'amigo secreto', no final daquele ano em que se conheceram, somente para poder presenteá-la. “Ele pediu para ajudar a professora a separar os nomes a serem sorteados. Ele pegou o meu e escondeu entre os dedos, deixando todos os alunos da sala escolherem o papelzinho com os nomes, ficando o meu por último, para que ele pudesse me dar um presente. E foi depois disso que percebi que ele estava interessado em mim e, então, nos permitimos começar um namoro”, conta.

Depois do início do namoro, sete meses foram o suficiente para Joselma ter a certeza de que Marcílio era o homem certo para ela, e vice-versa. Então, no dia 16 de junho de 2002 eles decidiram morar juntos e somente três anos depois oficializaram a união, o que para ela não acrescentou nem diminuiu a cumplicidade, a parceria e o sentimento do casal. Mais três anos se passaram e Camila, a primeira filha nasceu e no ano passado, há poucos dias de completar os 10 anos de casamento, nasceu o segundo filho, Caio Felipe.

Apesar das dificuldades enfrentadas normalmente no início do casamento, Joselma e Marcílio se consideram realizados no casamento. Ele lisonjeado por ter sido o único namorado e ela satisfeita pela escolha. Entretanto, Joselma Dantas orienta as mulheres mais jovens ou que ainda estejam no primeiro namoro a buscarem as estruturas básicas para uma nova vida.

“Não é a idade ou o primeiro namorado que vai interferir no casamento, mas quem puder investir primeiramente nos estudos e em uma profissão, que deixe o casamento para segundo plano para poder se estruturar”, diz.