COTIDIANO
Ação contra a crise em Portugal
Organização não governamental Primavera Global, está organizando manifestações contra medidas de austeridade.
Publicado em 10/05/2012 às 6:30
Inconformados com as medidas adotadas pelo governo de Portugal para conter os efeitos da crise econômica internacional, a organização não governamental Primavera Global convocou manifestações para o próximo sábado e terça-feira. Inês Subtil, uma das pessoas que lideram o movimento, disse que o objetivo é protestar contra as medidas de austeridade que podem levar ao desemprego e ao aumento de impostos. Informações são da Agência Brasil.
Segundo Inês Subtil, o objetivo dos protestos é também apresentar soluções e alternativas. O movimento Primavera Global é formado por cidadãos, ativistas e organizações não governamentais. “[Queremos] encontrar soluções e construir novos modelos de organização, mais sustentáveis e mais democráticos”, disse ela.
Inês Subtil acrescentou ainda que a ideia é promover protestos nos mesmos dias em 250 cidades de todo o mundo.
FERIADO
Na tentativa de conter os impactos da crise econômica internacional, o governo de Portugal cancelou quatro de seus 14 feriados. A partir de 2013, ficam suspensos, por cinco anos, os feriados de Corpus Christi, celebrado 60 dias depois da Páscoa, cuja solenidade será transferida para o domingo seguinte, e o Dia de Todos os Santos (1º de novembro).
A medida vale ainda para as comemorações referentes ao Dia da Independência (1º de dezembro) e ao Dia da República (5 de outubro). A decisão sobre o fim dos feriados religiosos foi negociada pelas autoridades portuguesas com a Igreja Católica, por meio do Vaticano.
As medidas de austeridade adotadas pelo governo de Portugal incluem a redução dos salários dos funcionários públicos e o aumento dos valores dos impostos. O objetivo, segundo as autoridades, é diminuir o déficit orçamentário do país e lidar com a crise.
No ano passado, o governo português fechou acordo para receber um pacote de 78 bilhões de euros repassados pela União Europeia, pelo Banco Central Europeu e pelo Fundo Monetário Internacional (FMI).
Comentários