COTIDIANO
Ação da PF cumpre mandados de prisão contra prefeitos
Operação é contra superfaturamento em contratos de eventos festivos realizados por prefeituras.
Publicado em 28/06/2012 às 8:34
Uma operação da Polícia Federal, do Ministério Público da Paraíba e da Controladoria Geral da União (CGU) está sendo realizada na manhã desta quinta-feira (28) em 18 cidades do estado para prender pessoas suspeitas de participação em fraudes na contratação de empresas para realização de festas e desvio de verbas públicas. De acordo com a Polícia Federal, o valor desviado ultrapassa os R$ 65 milhões.
De acordo com o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime (Gaeco) do MP, as 13 prefeituras das cidades de Alhandra, Boa Ventura, Cabedelo, Capim, Conde, Cuité de Mamanguape, Itapororoca, Jacaraú, Mamanguape, Mulungu, Sapé, Santa Rita e Solânea são alvo da operação chamada de pão e circo. A Fundação Cultural de João Pessoa (Funjope) e algumas empresas que atuam no ramo de eventos festivos, situadas nos municípios de Alhandra, Bayeux, Conde, João Pessoa, Mari, Pirpirituba, Rio Tinto e Santa Rita e as residências dos sócios também estão sendo vistoriadas pela ação.
São 75 mandados de busca e apreensão e 28 de prisão temporária. Os prefeitos das cidades de Sapé, Solânea e Alhandra foram presos. De acordo com o Ministério Público, as esposas dos prefeitos das cidades de Alhandra e Solânea, secretários municipais de Sapé, Santa Rita e Solânea e servidores públicos do Instituto de Previdência e Assistência Social de João Pessoa (Ipam) estão entre os presos. Outros servidores públicos, como funcionários da Funjope foram detidos.
Em outras cidades, a operação tem apenas mandados de busca e apreensão. A Polícia Federal informou que está realizando varreduras em algumas prefeituras em busca de documentos relativos a contratos com o Ministério do Turismo, como é o caso da cidade de Boa Ventura, no Sertão paraibano.
O Jornal da Paraíba entrou em contato com as prefeituras de Sapé, Solânea e Alhandra, mas não conseguiu informações sobre a operação. Em Sapé, uma funcionária atendeu à ligação, mas disse que não tinha nada para informar à imprensa.
Ainda de acordo com a PF, os presos teriam fraudado licitações e processos através de empresas fantasmas e documentos falsos para realizar eventos festivos, shows pirotécnicos e montagem de estruturas para festas como São João, São Pedro, Carnaval e Reveillon.
Cerca de 360 pessoas entre policiais federais, militares, auditores da CGU e promotores participam da operação. Os investigados podem responder por fraude a licitações, corrupção ativa e passiva, peculato, advocacia administrativa, formação de quadrilha, falsidade ideológica e documental, desvio de verbas públicas e lavagem de dinheiro.
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