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COTIDIANO

Acidentes de moto na Paraíba fazem alerta sobre imprudência e impactam aplicativos de transporte

No domingo (31), passageira e motociclista por aplicativo morreram em acidente, em João Pessoa.

Publicado em 06/09/2025 às 6:30


				
					Acidentes de moto na Paraíba fazem alerta sobre imprudência e impactam aplicativos de transporte
Acidentes de moto na Paraíba são causados, em sua maioria, por imprudência.. Silvia Torres/TV Cabo Branco

O aumento de casos de acidentes de moto na Paraíba chama a atenção para a imprudência no trânsito e impacta também aplicativos de transporte. No domingo (31), um acidente envolvendo uma motocicleta e um ônibus provocou a morte de um motociclista por aplicativo e uma passageira.

As vítimas foram identificadas como Maria Franciele da Silva Vieira, 32 anos, cuidadora de idosos, e Patrick Ramon Melo Batista, 27 anos, motociclista por aplicativo. No acidente, que foi registrado por câmeras de segurança, o motociclista avançou um sinal vermelho, e a moto foi atingida por um ônibus.

No Hospital de Trauma de João Pessoa, de janeiro a agosto de 2025, já foram realizados 6.386 atendimentos a vítimas de acidentes de moto, uma média de 798,25 por mês. Em 2024, no mesmo período, essa média foi um pouco menor, de 769,1.

Mensalmente, de janeiro a julho de 2025, o número de atendimentos foi maior do que o mesmo período em 2024. Já no Hospital de Trauma de Campina Grande, de janeiro a junho de 2025, o número de atendimentos a vítimas de acidentes de moto cresceu 30%.

Foram mais de 6,3 mil pacientes nesse período, contra 4,8 mil em 2024. Em toda a Paraíba, em 2024, foram registrados 12.991 atendimentos a vítimas de trânsito, com 859 mortes. Foram 250 óbitos só no Sertão do estado.

Causas dos acidentes de moto na Paraíba

Mesmo quando não são acidentes fatais, quedas e outros incidentes envolvendo motos são comuns pelas ruas de João Pessoa. Em 2024, a psicopedagoga Luana Ribeiro passou por uma situação durante uma corrida de motocicleta que a traumatizou. Durante o trajeto como passageira por aplicativo, em um cruzamento, um veículo sinalizou que iria entrar em uma lateral, mas acabou passando direto, causando um acidente.

“Quando chega no contorno ali da UFPB, sentido Pedro II, Quando ele vai atravessar o contorno, uma mulher sinaliza como se fosse entrar, mas ela acaba passando direto e a gente bate na lateral do carro. Por sorte, ele não estava em alta velocidade”.

O agente do Detran-PB Wiham Alves destaca que as maiores causas dos acidentes de trânsito são por uso de álcool, alta velocidade ou falta de atenção, especialmente por meio do uso do celular ao dirigir.

“As três principais causas de sinistros com mortes no trânsito que temos envolvem a combinação perigosa de bebida e direção, o excesso de velocidade e a falta de atenção do condutor. E aí quando a gente fala em falta de atenção, é bom frisar que a principal é o uso indivíduo do celular enquanto está dirigindo ou pilotando no caso do motociclista”.

Nem sempre a responsabilidade dos acidentes envolvendo motos é dos motociclistas, mas é fato que o veículo deixa as pessoas mais expostas, como aponta o agente.

“Para se ter ideia do quão vulnerável está o motociclista e da necessidade iminente da mudança de comportamento que ele precisa ter no trânsito, só este ano, até o dia 3 de setembro, já perderam a vida aqui no trânsito paraibano, só aqui na Paraíba, 402 ocupantes de motocicletas. Quando eu falo ocupantes, aí estão incluídos tanto o piloto quanto o passageiro.”

Ganhos baixos fazem motociclistas rodarem mais

Os valores das corridas por aplicativo repassados aos motoristas são baixos, o que faz com que, muitas vezes, os condutores precisem pegar mais corridas para que o apurado no final do dia valha a pena. Com isso, a pressa aumenta.

André Dias, que hoje é motoboy entregador, já trabalhou como motociclista por aplicativo e detalha que, geralmente, os motociclistas ganham R$ 1 por quilômetro percorrido. Esse valor pode aumentar em horários de alta demanda.

“Então, o cálculo base é feito em cima do quilômetro, tendo em vista o mínimo um real mas vamos ter uma variável aí, né. Se é o mínimo do mínimo, 120 reais seriam 120 km rodados por dia. Aí, numa alta demanda boa, você consegue dobrar esse valor, consegue fazer a dois reais o quilômetro”.

A Associação Brasileira de Mobilidade e Tecnologia (Amobitec), intermediária dos aplicativos do transporte de usuários por motocicleta, afirma que as plataformas investem em medidas de prevenção, como “um seguro contra acidentes pessoais durante as viagens para os motociclistas parceiros e usuários, que são orientados a seguir as leis de trânsito vigentes” e também oferecem para os condutores “conteúdos educativos sobre direção segura”.

A Abimotec destaca também que há 800 mil motociclistas cadastrados nas três maiores empresas do setor, número que representa apenas 2,3% da frota nacional de 34,2 milhões de motocicletas, motonetas e ciclomotores, segundo dados da Secretaria Nacional de Trânsito (Senatram).

Outros acidentes envolvendo motos por aplicativo

Em João Pessoa, outros casos aconteceram no dia 30 de maio e no dia 14 de janeiro, quando passageiras de moto por aplicativo morreram em acidentes de trânsito. Já em Campina Grande, no dia 2 de agosto, um motociclista por aplicativo morreu após ter sido atingido por um carro.

Em Campina Grande, um motociclista por aplicativo morreu após ter sido atingido por um carro, no dia 2 de agosto. Ronaldo de Lima, de 42 anos, que trabalhava como motociclista por aplicativo, caiu na pista e foi atropelado por outro veículo que passava pelo local. O motorista fugiu sem prestar socorro. A vítima foi socorrida pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), mas não resistiu à gravidade dos ferimentos.

No dia 14 de janeiro de 2025, uma mulher morreu em um acidente envolvendo duas motos e um caminhão caçamba na BR-101, em Bayeux, na Região Metropolitana de João Pessoa. De acordo com informações da TV Cabo Branco, a vítima estava em uma viagem de moto por aplicativo quando ocorreu a colisão com o caminhão. Ela ficou presa sob o pneu traseiro do veículo.

A vítima foi identificada como Sara Cristina. Moradora de Bayeux, ela estava a caminho do trabalho em um supermercado no bairro José Américo, em João Pessoa.

Imagem

Jornal da Paraíba

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