COTIDIANO
Acusado de chefiar execuções e tráfico em Cabedelo é detido
Chapola, suposto chefe de facção em Cabedelo, foi encontrado com armas e drogas. Para polícia, integrante do grupo teria cometido latrocínio em salão de beleza no Bessa.
Publicado em 01/09/2010 às 7:07
Karoline Zilah
Com fotos de Walter Paparazzo e George Medeiros
Foi detido na manhã desta quarta-feira (1), em Cabedelo, o acusado de comandar uma facção criminosa que seria responsável por uma série de assassinatos relacionados ao tráfico de drogas, além de assaltos na orla de João Pessoa e Cabedelo.
Segundo a polícia, Chapola, como é conhecido o rapaz, diz ser menor de idade para não responder criminalmente pelas acusações, mas na verdade teria 19 anos e tem o nome com iniciais A.T. A própria polícia confirmou, atravez dos documentos, que ele é mesmo menor de idade.
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Entre os crimes atribuídos aos integrantes de sua organização está o assalto a um salão de beleza no Bessa, em João Pessoa, que culminou com a morte da comerciante Ana Maria Abrantes, de 40 anos, na semana passada.
Chapola foi detido por volta das 5h30 com outros dois rapazes, o irmão Luan e um jovem identificado como 'Lelinho'. De acordo com policiais militares que deram entrevista ao vivo ao programa Comunidade 101, da rádio 101 FM, o grupo tentou fugir do cerco montado pulando muros de casas no conjunto Renascer III e utilizando trilhas pelo mangue de Cabedelo, mas os três alvos foram impedidos pelos agentes.
O traficante, segundo levantamentos da polícia, teria conseguido se esconder durante meses obrigando os moradores da comunidade a dar abrigo para que ele pudesse dormir em casas diferentes a cada noite.
A operação foi deflagrada pelo Serviço de Inteligência da Polícia Militar e agentes de investigação da Polícia Civil. Com os três acusados, foram apreendidos um revólver, uma espingarda calibre 38 e drogas.
Apesar de tantas acusações feitas inclusive por moradores das comunidades onde ele supostamente teria pontos de vendas de drogas ('bocas de fumo'), Chapola negou envolvimento em qualquer tipo de crime. Em entrevista à rádio, ele disse que estava sendo alvo de denúncias sem fundamento por parte de inimigos.
Os acusados foram encaminhados à Central de Polícia para prestar depoimento. Os policiais continuam a operação no Renascer em busca de mais envolvidos na quadrilha.
Atualizada às 8h15
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