COTIDIANO
Adiada exigência de novo extintor de incêndio
Ministro das Cidades, Gilberto Kassab, determinou a suspensão por 90 dias da obrigatoriedade do uso do equipamento tipo 'ABC'
Publicado em 06/01/2015 às 7:23 | Atualizado em 01/03/2024 às 12:45
O Ministério das Cidades decidiu ontem suspender por 90 dias a obrigatoriedade do extintor do tipo 'ABC' nos automóveis em circulação no país. O prazo de 90 dias começará a contar a partir de resolução a ser publicada no "Diário Oficial" da União hoje ou amanhã. A suspensão da obrigatoriedade foi determinação de Gilberto Kassab (PSD), ex-prefeito de São Paulo, que assumiu o Ministério das Cidades.
A norma havia entrado em vigor no dia 1º e atingia principalmente carros fabricados de 2009 para trás, que tinham o modelo anterior, 'BC'. Aqueles feitos a partir de 2010 já têm o extintor exigido, que controla fogo em estofados, tapetes e painéis.
A suspensão foi motivada pela dificuldade de motoristas de todo país em encontrar o extintor 'ABC'. Em caso de fiscalização, a ausência do novo modelo de extintor sujeitava o motorista a multa de R$ 127,69, mais cinco pontos na carteira de habilitação. Agora, enquanto vigorar a suspensão, não haverá aplicação de multas.
OBRIGAÇÃO
O Brasil é um dos poucos países onde os extintores de incêndio veiculares são itens obrigatórios de segurança. Com a evolução dos sistemas de injeção eletrônica nos carros e a maior eficiência das linhas de combustível dos automóveis, levar os cilindros vermelhos a bordo caiu em desuso mundo afora.
Países como Alemanha, França e Itália não exigem esse equipamento há anos. É o motorista que decide se irá portá-lo ou não. Hoje, montadoras precisam desenvolver suportes específicos para seus carros importados que serão vendidos no Brasil, pois os projetos originais não preveem espaço para colocar o extintor. Por vezes, esse dispositivo é colocado em uma posição que dificulta sua retirada em caso de emergência.
Há ainda a questão da falta de treinamento dos condutores para o uso do extintor. Em caso de incêndio, o motorista comum pode não saber avaliar se há risco de explosão, por exemplo.
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