COTIDIANO
Adolescente diz que foi estuprada
Nas declarações, ela aponta como autores da violência sexual os três amigos que estavam no veículo junto com o jogador no momento do suposto ataque à mãe.
Publicado em 13/07/2013 às 8:00 | Atualizado em 26/08/2021 às 23:28
A adolescente de 15 anos, filha da mulher que teria sido estuprada pelo zagueiro paraibano Fábio Bilica, na madrugada do último sábado, 6, dentro do carro do jogador, revelou em depoimento prestado para a delegada Maria Rodrigues, da Delegacia da Mulher de João Pessoa, que também teria sofrido estupro. Nas declarações, ela aponta como autores da violência sexual os três amigos que estavam no veículo junto com o jogador no momento do suposto ataque à mãe.
Com este novo dado, a delegada Maria Rodrigues convocou para prestar depoimento a mulher que acusa o zagueiro paraibano Fábio Bilica, ex-jogador do Grêmio e do Fenerbahçe, e que atualmente joga na Turquia. Além dela, foram chamados para prestar novos depoimentos, ontem à noite, os três acusados, mas apenas um foi ouvido.
O advogado que representa todo os acusados, Luis Fernando Benevides Ceriani, alegou que as acusações de estupro são levianas e infundadas. “Em relação à menor, em momento algum eles chegaram a tocar nela, não houve isso. Inclusive é uma grande surpresa o depoimento dela”, afirmou. No veículo em que estava o jogador Bilica, além das duas mulheres estavam Petrônio Torres, Sirley Lima Souto e Hittler Cavalcanti da Nóbrega Neves.
Em relação à denúncia de estupro da mãe da adolescente, o advogado Ceriani alega que o ato sexual aconteceu em concordância com a mulher. “Houve a conjunção carnal, este fato é incontroverso, porém em momento algum houve estupro, todo ato foi consensual”, afirmou.
Segundo a delegada Maria Rodrigues, a adolescente voltou à Delegacia da Mulher na última quinta-feira e contou que teria recebido beijos e carícias forçadas dos três homens que estavam dentro do carro e “que não tinha revelado estes detalhes antes porque a mãe já estava com problemas demais”. De acordo com a delegada, o novo Código Penal considera o contato sexual com crianças e adolescentes, mesmo sem conjunção carnal, estupro.
A garota, que segundo a delegada, apresentava arranhões nos braços e pernas foi encaminhada para exame de corpo delito na Gerência de Medicina e Odontologia Legal. A mãe da menina disse ter medo de perder a vida. “Eu não quero ser mais uma Eliza (Samudio). Eu tenho muito medo de perder minha vida, mas se algo de ruim me acontecer todos saberão quem foi o culpado”, disse.
Ontem, o advogado apresentou novas provas para serem anexadas ao inquérito. Segundo ele, uma troca de conversas entre o jogador e a suposta vítima serão apresentadas à Justiça.
A delegada Maria Rodrigues também, ontem, solicitou que o veículo onde tudo aconteceu seja disponibilizado para que seja feita uma perícia.
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