COTIDIANO
Adolescentes plantavam maconha em igreja de Guarabira
Cinco adolescentes, entre 12 a 15 anos, seriam aliciados por um ex-presidiário e cultivavam maconha na Associação de Menores com Cristo, no conjunto Nossa Senhora Aparecida.
Publicado em 20/11/2008 às 8:09
Aline Lins, do Jornal da Paraíba
O 4º Batalhão da Polícia Militar descobriu, em Guarabira, uma plantação de maconha nas dependências da Associação de Menores com Cristo (AMECC), no conjunto Nossa Senhora Aparecida. A plantação era cultivada, segundo a polícia, por cinco adolescentes entre 12 a 15 anos da associação, aliciados pelo ex-presidiário Indre Ribeiro Muniz, de 19 anos, preso na tarde da última terça-feira.
De acordo com a polícia, por meio de ameaças, Indre, que também era interno da associação, teria obrigado os jovens a cultivarem a droga, mas um dos meninos conseguiu denunciar. As buscas começaram às 17h da terça-feira, mas parte da plantação de maconha só foi encontrada pela polícia e pelos educadores por volta da 1h40 da madrugada de ontem, quarta-feira.
A polícia acredita que o restante da plantação possa ter sido destruída, pois ao suspeitar que tinha sido descoberto, o acusado tratou de destruir o local do plantio. Mas um educador conhecido como Zerobabel, juntamente com o Conselho Tutelar, foi ao local da plantação e constatou uma pequena quantidade da maconha. Mesmo assim, a polícia fará novas buscas para identificar outros locais com a planta.
A investigação do Serviço de Inteligência da 2ª Seção do 4º Batalhão da PM partiu de denúncias dos educadores e de informações de um dos jovens. O cabo Genildo Bezerra dos Santos, que comandou a operação de busca à maconha, disse que os garotos tinham medo de falar porque eram constantemente ameaçados pelo ex-presidiário, que já foi processado pelo roubo de um cavalo. “A droga era para o consumo dele dentro da associação”, revelou o cabo Genilson.
Indre Ribeiro Muniz, devido ao cultivo de entorpecente e corrupção de menores, foi preso e encaminhado para a Delegacia de Guarabira, e os adolescentes foram conduzidos para prestarem depoimento.
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