Advogado de Maranhão confirma que vai pedir inelegibilidade de Cássio

Phelipe Caldas

O advogado Carlos Fábio Ismael, coordenador jurídico da candidatura à reeleição do governador José Maranhão (PMDB), confirmou na tarde desta quinta-feira (8) que os advogados do peemedebista vão mesmo defender na Justiça a tese de que a Lei da Ficha Limpa tornou inelegível o ex-governador Cássio Cunha Lima (PSDB).

Ismael cita palavras dos próprios ministros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que ao analisar a abrangência da nova lei afirmaram que não se pode confundir o que é punição e o que é pré-requisito eleitoral. “Esta história de que Cássio já cumpriu sua pena e que uma lei não pode retroagir para punir simplesmente não existe. Ele foi cassado e segundo a nova lei está inelegível por oito anos”, disparou.

Carlos Fábio Ismael prossegue em tom duro. “Um governador que no exercício do cargo abusa do poder econômico certamente age de forma errado e vai de encontro com as normas estabelecidas. E depois, o prazo de inelegibilidade agora começa a contar quando você deixa o mandato”, sugere.

Depois, ele frisa que o caso específico do governador Cássio Cunha Lima ainda não foi transitado e julgado, já que na época da cassação seus advogados recorreram ao Supremo Tribunal Federal.

Sobre a chamada “mudança de rota” do PP, que no dia 30 de junho participou da convenção do oposicionista Ricardo Coutinho (PSB) e depois anunciou apoio a Maranhão, o advogado desconversa. “Tudo o que eu sei é que o PP entregou no dia 30 de junho uma ata em que anunciava apoio ao governador José Maranhão. O resto é especulação”, resumiu.

E cita como exemplo um caso cotidiano para tentar explicar o que aconteceu. “O caso do PP e do PSB é o mesmo do noivo que na última hora desiste de casar depois de descobrir que foi traído pela noiva. Pois bem, após ser traído por Ricardo Coutinho, o partido decidiu apoiar Maranhão”, concluiu.